O ministro da Defesa, Celso Amorim, destacou, nesta quarta-feira, que a atuação das Forças Armadas na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, dependerá da solicitação dos governadores dos estados que sediarão essas competições.
Agência Brasil
Atuação das Forçãs Armadas em eventos esportivos vai depender de solicitação dos estados
Se não forem convocados, os militares atuarão apenas em questões como a defesa do espaço aéreo e a prevenção de ataques terroristas, cibernéticos ou por armas químicas.
"A missão primordial é a defesa da pátria. Agora em virtude de carências existentes e situações excepcionais, pode ser a Copa do Mundo ou pode ser os Jogos Olímpicos, ou a visita de sua santidade há uma requisição por parte das autoridades da segurança pública com relação e essa participação."
Mas, apesar de a eventual participação dos militares na chamada defesa da lei e da ordem estar prevista na Constituição Federal, o possibilidade de o País ter militares reprimindo protestos incomoda alguns parlamentares.
O deputado Ivan Valente, do Psol de São Paulo, questionou se cabe às Forças Armadas atuar como órgão de segurança pública. Para ele, se isso ocorrer, a situação ficará parecida com a realidade que o País viveu no Regime Militar.
"Uma coisa é uso das forças armadas em caso de guerra etc. Agora nós tivemos no ano passado manifestações legítimas em defesa dos serviços públicos. Milhares de pessoas nas ruas. Como é que se classifica isso? É terrorismo, manifestação pública... não há inimigo interno aí. São cidadãos se manifestando."
Outro tema abordado na audiência foi a retenção pelo governo do dinheiro destinado aos projetos das Forças Armadas. Vários deputados reclamaram, por exemplo, da falta de proteção nas fronteiras.
O ministro respondeu que a situação já melhorou bastante, ainda que os cortes atrapalhem e que os investimentos do País em defesa estejam bem abaixo da média mundial. Como explica o deputado Nelson Pelegrino, do PT da Bahia.
"Sem dúvida nenhuma não é o que nós consideramos satisfatório. Enquanto a média mundial é em torno de 2,6% do produto interno bruto, os BRICS, do qual o Brasil faz parte, estão em torno de 2,5% e o Brasil em torno de 1,5%, mas há uma recomposição ao longo dos anos."
Celso Amorim lembrou ainda que a compra de 36 caças suecos para Aeronáutica, anunciada em dezembro, vai gerar milhares de empregos, já que partes deles serão fabricadas no País.
Da Rádio Câmara, De Brasília, Juliano Machado Pires
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