O aumento do custo da saúde e as necessidades advindas de uma maior expectativa de vida – de 52 a 74 anos em meio século – levaram milhões de latino-americanos a protestar pelo direito à saúde. Em 2010, no Brasil, registraram-se 240 mil processos judiciais contra os altos preços dos serviços médicos, e 900 mil processos entre 1999 e 2010 na Colômbia.
Segundo especialistas, tal fenômeno se deve ao descompasso entre as políticas públicas e as demandas sociais e necessidades de saúde dos latinos.
Embora mais de 70 milhões de pessoas tenham saído da pobreza na última década, muitos países mantiveram políticas que não foram projetadas de maneira participativa nem preparadas para os obstáculos dos novos tempos.
“Isso nos faz repensar a prestação de saúde tal como a conhecemos”, diz María Escobar, especialista em saúde do Instituto do Banco Mundial. “Os sistemas de prestação de serviços devem ser centrados no indivíduo e no paciente, além de enfatizar uma abordagem mais integrada entre o prestador e o usuário do sistema de saúde”, acrescenta.
O direito à saúde está consagrado nas constituições da maioria dos países da região e houve progressos significativos na cobertura. Hoje em dia, a maioria dos latino-americanos tem acesso aos serviços de saúde, embora em alguns países e segmentos da população este acesso ainda seja deficiente.
Os especialistas concordam que o direito à saúde não se consolidará apenas com maiores recursos para pagar mais serviços, ou com ajustes constitucionais ou legais. Isso exige um esforço coletivo persistente para alcançar melhores resultados para a população. Saiba mais no site do Banco Mundial clicando aqui.
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