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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Justiça de Minas Gerais determina bloqueio de bens de Alvimar Perrella


Empresário é acusado pelo MP de improbidade administrativa.
Outras 14 pessoas e seis empresas também tiveram bens bloqueados.

Do G1 MG

Alvimar Perrella é denunciado pelo MPMG por fraude em licitações (Foto: Reprodução / TV Globo)
Alvimar Perrella é denunciado pelo MPMG por fraude
em licitações (Foto: Reprodução / TV Globo)
A Justiça  determinou nesta terça-feira (22), o bloqueio de bens de Alvimar de Oliveira Costa, conhecido como Alvimar Perrella, acusado pelo Ministério Público (MP) de participar de um esquema de fraude em licitações para o fornecimento de alimentos a presídios do estado. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), seis empresas e outras 14 pessoas também foram incluídas no decreto, totalizando R$ 81 milhões em bens imóveis dos réus.
De acordo com o TJMG, a liminar se trata de uma ação movida pelo MP para garantir a execução do processo e o pagamento do dinheiro desviado caso seja comprovada a improbidade. A decisão será publicada no Diário Oficial de Minas Gerais nesta quarta-feira (24), mas cabe recurso. 

De acordo com o MP, entre os crimes cometidos pelos suspeitos estão fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, formação de quadrilha e fraude processual. O MP afirma que cerca de R$ 80 milhões teriam sido desviados, em 32 licitações entre os anos de 2009 e 2012.
Na denúncia, Alvimar, que é irmão do senador Zezé Perrella (PDT-MG) e ex-presidente do Cruzeiro, e outros dois empresários são apontados como chefes do esquema. Os três são donos da empresa Stillus Alimentação, uma dos estabelecimentos que teve os bens bloqueados.

De acordo com o TJMG, o processo foi distribuído à 7ª Vara da Fazenda Pública no dia 11 de abril. O próximo passo será a intimação de defesa dos acusados, mas ainda não há uma data definida.

Procurado pelo G1, o advogado de Alvimar Perrella, Antônio Velloso,  informou que ainda não tem conhecimento sobre o decreto, mas afirmou que irá recorrer à decisão assim que recebê-la.

Esquema
O cartel, de acordo com as investigações, funcionava da seguinte forma: os sócios João Wilson Veloso, Álvaro Wagner Diniz de Araújo e Alvimar Perrela,  orientavam o advogado Bruno Vidotti, que fazia as propostas com preços pré-estabelecidos e combinados com empresas parceiras do grupo, dando preferência para a Stillus Alimentação.

Entre os denunciados, estão ainda duas servidoras da Secretaria de Estado de  Defesa Social e dois diretores de presídios.
Fonte: G1

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