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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Sem política de segurança pública, força tarefa é mais uma medida eleitoreira e não resolve o problema da insegurança na zona rural, afirma Sgt Barbosa


Força-tarefa é solução para reduzir violência no campo


Participantes de audiência pública reclamam de aumento da criminalidade na zona rural.



Uma força-tarefa para reduzir a violência no campo e eliminar as quadrilhas que atuam na criminalidade no meio rural. A sugestão foi apresentada pelo vereador Coronel Piccinini, presidente do Clube dos Oficiais, em audiência pública da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada nesta quarta-feira (11/6/14). A proposta foi acatada pelo presidente da comissão, deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB).
A finalidade da reunião foi discutir o aumento da violência na zona rural. “O acesso ao campo é fácil para o bandido, mas o acesso do produtor rural à polícia é difícil”, lamentou o deputado. Segundo ele, com a deficiência dos órgãos de segurança no interior do Estado, não é possível deter o crescimento da criminalidade. Para o parlamentar, os constantes assaltos se tornaram um problema social e econômico, pois provocam o êxodo rural e aumentam o custo dos alimentos com a evasão do produtor. “Ou há uma reação do poder público e da sociedade ou vamos perder a guerra para a bandidagem”, advertiu.
O diretor-superintendente da Associação Mineira de Silvicultura, Antônio Tarcizo de Andrade e Silva, apresentou seis exemplos de roubos de insumos, maquinários, equipamentos e implementos agrícolas em municípios das regiões Central e Norte de Minas, que geraram um prejuízo de aproximadamente R$ 5 milhões às vítimas. Os crimes foram registrados entre 2011 e 2014.
Tarcizo Andrade ressaltou que os crimes têm se tornado cada vez mais violentos, acompanhados de ameaças, uso de armas de fogo e até de reféns nas fazendas. “Estamos chegando ao desespero. A insegurança vira revolta e pode sair do controle”, alertou.
O presidente do Sindicato Rural de Boa Esperança (Sul de Minas), Manoel Joaquim da Costa, afirmou que já foram registrados 14 roubos de tratores na região, no período entre novembro do ano passado e abril deste ano, além de dezenas de outros equipamentos agrícolas. Segundo ele, o número de boletins de ocorrência na PM subiu de 25, em 2013, para 35, apenas nos primeiros quatro meses de 2014.
Manoel Costa lembrou que nem todos os casos são registrados, o que amplia ainda mais os índices. Ele lamentou que Boa Esperança, de 40 mil habitantes, conta com apenas 30 policiais – uma média de dez por dia, considerando o sistema de rodízio de turno de trabalho.
Combate ao crime exige atitudes urgentes
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Abaeté (Região Central do Estado), Luiz Mauro Soares Machado, reclamou que os crimes também têm se diversificado, com registros de latrocínios e roubo de gado. Ele denunciou que muitos caminhões são assaltados nas estradas mineiras. “Há um sentimento de impotência e insegurança”, disse ele.
Para ilustrar o clima de insegurança, o gerente ambiental do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool (Siamig), Jadir Silva Oliveira, contou que muitos produtores estão preferindo se deslocar para as cidades nos próprios tratores, para evitar deixá-los nas propriedades, por medo dos roubos. Muitos trabalhadores também estão desistindo do campo, pelas ameças constantes que recebem dos assaltantes. “As porteiras estão sendo trancadas a cadeado. Mudou o modelo de segurança no meio rural”, desabafou.
Diante dos relatos, o vereador Coronel Picinini e o deputado Antônio Carlos Arantes defenderam o uso de uma força-tarefa usando policiais da Capital e de cidades mais próximas dos locais onde estão sendo registrados os maiores índices. O vereador e todos os outros participantes da reunião reclamaram da deficiência dos efetivos das Polícias Militar e Civil, além de dificuldades tecnológicas como falta de sinal para GPS e celulares.
O deputado Antônio Carlos Arantes reforçou que é preciso uma ação coordenada entre os órgãos de segurança para combater a violência. “Os bandidos são poucos; a maioria da população é de gente trabalhadora. É preciso estabelecer prioridades, e poderemos diminuir muito esses índices”, afirmou.
O major Eugênio Valadares, do Comando Geral da PM, disse que a corporação está implantando a patrulha rural, que vai cuidar especificamente da segurança no interior do Estado. O grupamento tem por atribuições, mapear toda a área rural, as estradas vicinais, criar rotas de patrulhamento e mecanismos de contato com a comunidade, por exemplo. Ele admitiu que o campo tem sido usado pelo tráfico de drogas como plataforma para desmanche de veículos e por quadrilhas que estão se especializando em crimes rurais.

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