Suspeito foi levado por policiais civis enquanto dava entrevista no estúdio da Rádio Itatiaia.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) quer realizar audiência pública para avaliar se houve desrespeito aos direitos de cidadania ou desacato à autoridade no episódio ocorrido durante o programa do jornalista Eduardo Costa na Rádio Itatiaia nesta semana. Requerimento com essa finalidade, de autoria do presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), foi aprovado na reunião realizada nesta quinta-feira (11/12/14).
Na última terça (9), Armando Júnior Pereira da Cruz foi preso pela Polícia Civil dentro dos estúdios da Rádio Itatiaia enquanto dava uma entrevista ao vivo para o programa Chamada Geral, apresentado por Eduardo Costa. Armando Cruz é casado com a vereadora de Confins, Flávia Renata Oliveira Silva Cruz, presa durante a operação Lavagem III da Polícia Civil, que investiga esquema de fraude, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e corrupção que atuaria em Santa Luzia, Vespasiano, Sete Lagoas, Confins e Belo Horizonte.
Segundo as denúncias que chegaram à Comissão de Direitos Humanos, policiais armados teriam invadido o estúdio de forma truculenta, inclusive empurrando uma jornalista, e sem apresentar um mandado de prisão. O apresentador Eduardo Costa, informando que faltavam apenas cinco minutos para encerrar a entrevista, pediu “um pouquinho de paciência”, mas teria sido desrespeitado pelos policiais civis. Ainda de acordo com as denúnicas, os policiais teriam retirado Armando Cruz abruptamente do estúdio.
Para discutir esse episódio, serão convidados para a reunião o jornalista Eduardo Costa; o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol-MG), Denilson Martins; e o corregedor-geral da Polícia Civil, Renato Patrício Teixeira.
Solidariedade – A comissão também aprovou uma manifestação de apoio à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), tendo em vista a declaração feita pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) na última terça-feira (9), no Plenário da Câmara dos Deputados. O parlamentar disse que só não estuprava a deputada Maria do Rosário porque ela “não merecia”.
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