Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Apenas um militar acusado de mortes no Serra presta depoimento

Pedro Ferreira -


O delegado da Polícia Civil Fernando Miranda precisou se deslocar do Departamento de Investigações (DI), no Bairro Lagoinha, Região Noroeste de Belo Horizonte, até à Corregedoria da PM, na Praça Sete, Centro de Belo Horizonte, para tentar ouvir os três PMs no inquérito que preside. Mas, o advogado Ricardo Gil de Oliveira Guimarães – defensor dos soldados Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa –, disse que, em função de um suposto conflito de competência entre as polícias Civil e Militar, na condução das investigações, ele achou por bem que seus clientes somente se manifestem em juízo. Quarta-feira, o advogado disse ter impetrado pedido de revogação da prisão preventiva para os soldados na Justiça Militar e aguarda resposta.

O promotor Rodrigo Filgueira, designado pela Procuradoria de Justiça de Minas para acompanhar as duas investigações, não considera que haja rixa entre as polícias. Segundo ele, a Polícia Civil foi ouvir os presos na Corregedoria da PM por uma questão de praticidade. "A Polícia Civil tinha interesse em ouvir outras testemunhas que já estavam na Corregedoria da PM prestando depoimento", disse o representante do Ministério Público. Para ele, a existência de dois inquéritos é o procedimento normal, pois houve homicídio e também suspeita de crimes militares. Em relação aos soldados que não quiseram prestar depoimento, o promotor explicou que é um direito constitucional deles permanecerem calado.

Ainda de acordo com o promotor, quem inicia a ação penal é o Ministério Público, que também tem competência para investigar crimes. "Nesse caso, como é de competência do Tribunal do Júri julgar os homicídios, o Inquérito Policial Militar também vai para o promotor do júri., pois, além dos crimes militares, ele acaba apurando também o crime de homicídio, que é o crime central", disse Rodrigo. Se comprovadas as suspeitas, os soldados serão julgados na Justiça Militar por colocar informações que não correspondem à verdade no boletim de ocorrência, falsidade ideológica e descaracterização do local do crime.

Os três soldados tiveram suas prisões decretadas tanto pelo Tribunal do Júri como Justiça Militar. O prazo de 30 dias das prisões deve ser prorrogado, pois os laudos das perícias ainda não ficaram prontos. Os militares estão recolhidos em batalhões da própria PM. Um quarto envolvido, o cabo Fábio de Oliveira, de 45, foi encontrado morto na cela do 1º Batalhão. Para a PM, ele teria se enforcado.

Para escapar da imprensa, os responsáveis pelas investigações, e também os presos, estão usando uma passagem secreta para entrar e sair do prédio onde funciona as corregedorias das duas corporações, na Rua Rio de Janeiro esquina com Praça Sete. O Estado de Minas apurou que eles passam pela portaria do Edifício Belbanco, na Avenida Amazonas, 314.
Dois militares do Batalhão Rotam se recusaram nesta quinta-feira a prestar declarações no inquérito da Polícia Civil que apura o envolvimento deles no assassinato de dois moradores do Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, na madrugada do último dia 19. Um terceiro militar suspeito, o único que havia falado no Inquérito Policial Militar (IPM) na última segunda-feira – e que não teve a prisão preventiva solicitada à Justiça pela Polícia Civil –, concordou em falar. O soldado Adelmo Felipe de Paula Zuccheratte sustentou que não estava presente no momento da execução.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sua opinião, que neste blog será respeitada

politicacidadaniaedignidade.blogspot.com