Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Batalhão Rotam da Polícia Militar Goiana terá suas atividades reavaliadas

Tentativa de intimidar jornalistas provoca demissão na polícia de Goiás - A reportagem revelou conversas telefônicas entre os PMs, gravadas com autorização da Justiça.


Um jornal de Goiás sofreu, nesta quinta-feira (2), uma tentativa de intimidação depois que divulgou uma denúncia contra policiais suspeitos de integrar um grupo de extermínio. A reportagem revelou conversas telefônicas entre os PMs, gravadas com autorização da Justiça.
O conteúdo dos diálogos foi publicado no jornal “O Popular”, que pertence ao mesmo grupo empresarial da TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo em Goiás.
Em um dos trechos, o cabo Ederson Trindade diz que mata por prazer e satisfação.
Nesta quinta-feira (3) de manhã, poucas horas depois da publicação, as câmeras de segurança da sede do jornal e da TV registraram a passagem de oito carros com 30 policiais da Rotam, o batalhão de operações táticas, em frente à portaria principal do prédio. O comboio estava com as sirenes ligadas.
A atitude dos PMs provocou reações na cúpula da segurança do estado. A Polícia Militar afastou o comandante da Rotam, tenente-coronel Carlos Henrique da Silva, e o oficial responsável pelas equipes do comboio, o tenente Alex de Siqueira.
O secretário de Segurança Pública considerou ilegal a ação dos PMs e disse que pretende reformular as normas de conduta da corporação.
"Não é papel do Estado nem de seus integrantes interferir no trabalho da imprensa livre. Nós estamos substituindo comandante do batalhão, suspendendo temporariamente as atividades do batalhão, para avaliação do seu papel, de suas atribuições e dos seus integrantes", afirmou João Furtado, da Secretaria de Segurança Pública – GO.
As escutas telefônicas fazem parte do inquérito da Polícia Federal que levou para prisão 19 policiais militares de Goiás. Entre eles, o subcomandante da PM e o ex-comandante da Rotam.
Segundo as investigações, em dois anos, os PMs mataram 117 pessoas, muitas delas não tinham passagem pela polícia.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, disse que não vai admitir qualquer ilegalidade ou afronta à liberdade de expressão. A Associação Nacional de Jornais declarou que repudia atos intimidatórios e afirmou que os jornalistas nada mais fizeram do que cumprir o dever de informar a sociedade sobre a atuação de agentes do Estado que, de acordo com as evidências, vinham agindo de forma criminosa.

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