Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Deputado diz que laudo atesta o suicídio de cabo da Rotam


Polícias Militar e Civil negam ter tido acesso ao documento oficial sobre morte de Fábio Oliveira
 
O cabo do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) Fábio Oliveira cometeu suicídio. A informação é do presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, deputado João Leite. “Eu já tive acesso ao laudo pericial produzido pela Polícia Civil”, revelou o parlamentar, em visita nesta terça-feira (1º) ao Aglomerado da Serra. No entanto, as polícias Militar e Civil informaram desconhecer o teor do documento. A cúpula da PM, que negou queima de arquivo, declarou anteriormente que não descartava outras possibilidades, como homicídio, na morte do cabo.

Na última sexta-feira, o cabo Fábio Oliveira foi encontrado morto em uma cela do 1º Batalhão da PM, no Bairro Santa Efigênia, Região Leste da capital, onde estava preso preventivamente. Ele era um dos quatro policiais acusados de envolvimento nas mortes do auxiliar de enfermagem Renilson Veriano da Silva, 39 anos, e do sobrinho dele, o estudante Jefferson Coelho da Silva, 17, ocorridas na madrugada do dia 19 de fevereiro, durante operação da Rotam.

Os outros suspeitos são os soldados Adelmo Felipe de Paula Zuccheratte, Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa. Zuccheratte, que era o motorista da viatura no dia do duplo homicídio e se encontra detido preventivamente no 5º Batalhão de Polícia Militar, no Bairro Gameleira, pode ser solto na quarta-feira (2). É o que espera o advogado dele, Domingos Sávio de Mendonça. Na hora do suposto crime, o soldado estaria em outro local com o veículo. “Foi pedida a prisão temporária apenas dos outros dois soldados”, destacou Mendonça. O advogado acrescentou que a investigação da Polícia Civil já teria descartado a participação de seu cliente.
Caso a liberação não ocorra, Mendonça deverá pedir cópia do inquérito para dar entrada a um pedido de habeas corpus.

A perspectiva de soltura não é a mesma para os soldados Jason Paschoalino e Jonas Rosa, que tiveram pedido de prisão temporária solicitado pela Polícia Civil. O advogado Ricardo Gil Guimarães, que os representa, garante não ter recebido a cópia do Inquérito Policial Militar (IPM), o que dificulta a estratégia de defesa. “Se não receber o inquérito ainda hoje (terça), vou acionar a Justiça. O caso está cheio de erros, como, por exemplo, ser investigado pela Polícia Civil”, afirmou.

Ainda na terça, o advogado entrou com o pedido de revogação da prisão preventiva na Justiça Militar. Sobre a prisão temporária, disse que vai aguardar o parecer e, em seguida, entrar com o pedido de revogação no Tribunal de Justiça.

Na segunda-feira (28), o juiz do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Guilherme Queiroz Lacerda, decretou a prisão temporária de Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa. O magistrado considerou que, além dos indícios de envolvimento “em grave delito de homicídio qualificado”, a liberdade dos acusados, por enquanto, pode gerar temor para as testemunhas ouvidas no inquérito.

O pedido de prisão temporária, feito pelo delegado Fernando Miranda, é válido por 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30. Paschoalino está detido no 36º BPM, em Vespasiano, e Rosa, no 18º BPM (Contagem).

 
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