BELO HORIZONTE (13/10/11) - A economia de Minas Gerais apresentou taxa de crescimento real de 3,4% do produto agregado no 2º trimestre de 2011, em comparação ao mesmo período do ano passado. Na economia brasileira, o ritmo atual de expansão corresponde a 3,1% em termos anualizados, confirmando a fase de desaceleração iniciada no 3º trimestre de 2010.
Os dados são parte da publicação Boletim de Conjuntura Econômica de Minas - 2º trimestre de 2011, produzida pelo Centro de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro (FJP) e divulgada nesta quinta-feira (13), em Belo Horizonte.
Também como previsto, o cenário econômico mundial apresentou recuperação aquém da esperada. Tanto para o Brasil quanto para as economias internacionais, as expectativas de crescimento para 2011 e 2012 foram revistas.
Setores
Em Minas, o valor adicionado bruto a preços de mercado no setor agropecuário neste 2º trimestre foi, em volume, 1,1% inferior ao registrado no 2º trimestre do ano passado. No conjunto da economia brasileira, não houve variação.
“A redução nas taxas da agropecuária está ligada à sazonalidade de safras, como a do café, que se concentram no 2° e 3° trimestres de cada ano, obedecendo a um ciclo de bianualidade. Porém, a redução da taxa no período é bem menor que a registrada em outros anos”, explica a pesquisadora do CEI/FJP Maria Aparecida Sales.
Na indústria mineira, os setores produtivos associados à extração mineral (principalmente minério de ferro) tiveram redução no volume do valor adicionado bruto gerado, de 0,7% abaixo do registrado no 2º trimestre de 2010. Em movimento contrário, no Brasil ainda houve variação positiva de 2,7% no período considerado, com maior peso para a extração de petróleo.
Abaixo do ritmo observado para o conjunto da economia brasileira (1,2%), a indústria de transformação do Estado já apresenta ritmo bastante reduzido de crescimento: 0,8% em relação ao 2º trimestre do ano passado. No agregado, porém, o volume de valor adicionado bruto criado pela indústria teve expansão maior em Minas Gerais (2,5%) que no Brasil (1,7%), no período. Este resultado se deve, principalmente, ao desempenho superior da construção civil (8,5% contra 2,1%) e da produção de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana (6,1% contra 3,4%) no Estado.
No comércio e nos serviços, o crescimento do produto agregado em Minas no 2º trimestre (4,6%) também superou o ritmo de expansão no Brasil (3,4%). “O bom desempenho nestes setores deve-se a algumas razões, também apontadas pela Fecomércio, como a estabilidade monetária, o aumento da massa salarial e do poder de compra, a queda do desemprego, a formalização do trabalho e mais acesso ao crédito”, aponta o pesquisador do CEI Thiago de Almeida.
Comércio exterior
As exportações mineiras no 2º trimestre de 2011 foram, em valor expresso em dólares estadunidenses, 42,5% maiores que no mesmo trimestre do ano anterior. Em grande medida, este resultado se deve ao efeito da elevação nos preços das commodities agrícolas e minerais no mercado internacional, e à expansão do comércio com os países asiáticos.
IPCA
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulado em 12 meses superou a observada na média das RMs brasileiras no 2º trimestre deste ano, embora ambos os índices apresentem trajetória de aceleração dos preços iniciada no 3º trimestre do ano passado.
“O crescimento de 7,5% nas taxas de IPCA na RMBH, no acumulado de 12 meses, é explicado pelo aumento dos preços dos alimentos e das atividades de serviços, como despesas pessoais, habitação, educação, entre outros”, afirma Maria Aparecida Sales.
Mercado de trabalho
A geração de empregos formais no Estado continua elevada, em números absolutos: foram 71 mil novos postos de trabalho não agrícolas no 2º trimestre de 2011. Destes, 16 mil na indústria de transformação, 12 mil na construção civil, 11 mil no comércio, e 29 mil em serviços (excluída a administração pública).
Na RMBH, a taxa de desemprego diminuiu para 7,7% da população economicamente ativa no 2º trimestre, significativamente abaixo do nível registrado no mesmo trimestre do ano passado (8,5%). Mesmo assim, a massa de rendimentos do trabalho recuou, tanto em relação ao trimestre anterior (-1,8%), quanto em relação ao 2º trimestre de 2010 (-8,2%).
Os dados são parte da publicação Boletim de Conjuntura Econômica de Minas - 2º trimestre de 2011, produzida pelo Centro de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro (FJP) e divulgada nesta quinta-feira (13), em Belo Horizonte.
Também como previsto, o cenário econômico mundial apresentou recuperação aquém da esperada. Tanto para o Brasil quanto para as economias internacionais, as expectativas de crescimento para 2011 e 2012 foram revistas.
Setores
Em Minas, o valor adicionado bruto a preços de mercado no setor agropecuário neste 2º trimestre foi, em volume, 1,1% inferior ao registrado no 2º trimestre do ano passado. No conjunto da economia brasileira, não houve variação.
“A redução nas taxas da agropecuária está ligada à sazonalidade de safras, como a do café, que se concentram no 2° e 3° trimestres de cada ano, obedecendo a um ciclo de bianualidade. Porém, a redução da taxa no período é bem menor que a registrada em outros anos”, explica a pesquisadora do CEI/FJP Maria Aparecida Sales.
Na indústria mineira, os setores produtivos associados à extração mineral (principalmente minério de ferro) tiveram redução no volume do valor adicionado bruto gerado, de 0,7% abaixo do registrado no 2º trimestre de 2010. Em movimento contrário, no Brasil ainda houve variação positiva de 2,7% no período considerado, com maior peso para a extração de petróleo.
Abaixo do ritmo observado para o conjunto da economia brasileira (1,2%), a indústria de transformação do Estado já apresenta ritmo bastante reduzido de crescimento: 0,8% em relação ao 2º trimestre do ano passado. No agregado, porém, o volume de valor adicionado bruto criado pela indústria teve expansão maior em Minas Gerais (2,5%) que no Brasil (1,7%), no período. Este resultado se deve, principalmente, ao desempenho superior da construção civil (8,5% contra 2,1%) e da produção de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana (6,1% contra 3,4%) no Estado.
No comércio e nos serviços, o crescimento do produto agregado em Minas no 2º trimestre (4,6%) também superou o ritmo de expansão no Brasil (3,4%). “O bom desempenho nestes setores deve-se a algumas razões, também apontadas pela Fecomércio, como a estabilidade monetária, o aumento da massa salarial e do poder de compra, a queda do desemprego, a formalização do trabalho e mais acesso ao crédito”, aponta o pesquisador do CEI Thiago de Almeida.
Comércio exterior
As exportações mineiras no 2º trimestre de 2011 foram, em valor expresso em dólares estadunidenses, 42,5% maiores que no mesmo trimestre do ano anterior. Em grande medida, este resultado se deve ao efeito da elevação nos preços das commodities agrícolas e minerais no mercado internacional, e à expansão do comércio com os países asiáticos.
IPCA
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulado em 12 meses superou a observada na média das RMs brasileiras no 2º trimestre deste ano, embora ambos os índices apresentem trajetória de aceleração dos preços iniciada no 3º trimestre do ano passado.
“O crescimento de 7,5% nas taxas de IPCA na RMBH, no acumulado de 12 meses, é explicado pelo aumento dos preços dos alimentos e das atividades de serviços, como despesas pessoais, habitação, educação, entre outros”, afirma Maria Aparecida Sales.
Mercado de trabalho
A geração de empregos formais no Estado continua elevada, em números absolutos: foram 71 mil novos postos de trabalho não agrícolas no 2º trimestre de 2011. Destes, 16 mil na indústria de transformação, 12 mil na construção civil, 11 mil no comércio, e 29 mil em serviços (excluída a administração pública).
Na RMBH, a taxa de desemprego diminuiu para 7,7% da população economicamente ativa no 2º trimestre, significativamente abaixo do nível registrado no mesmo trimestre do ano passado (8,5%). Mesmo assim, a massa de rendimentos do trabalho recuou, tanto em relação ao trimestre anterior (-1,8%), quanto em relação ao 2º trimestre de 2010 (-8,2%).
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