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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Inspetor que investiga acusados de morte de juíza está ameaçado

Há dois anos o policial protegido investiga os autos de resistência do Batalhão de São Gonçalo (RJ).

Poucas horas depois de assumir o cargo, o novo comandante da Polícia Militar do Rio fez mudanças na cúpula da instituição. A crise foi provocada pela prisão de policiais suspeitos de assassinar a juíza Patrícia Acioli. O repórter Eduardo Tchao conversou com um inspetor da Polícia Civil, que também está jurado de morte.
O inspetor conta com escolta policial desde que a juíza foi executada, há um mês e meio, e, por questões de segurança, não pode se identificar. Responsável pelo setor de homicídios de uma delegacia de São Gonçalo, foi ele quem apontou desde o início quem seriam os assassinos de Patrícia Acioli.
“A gente sabia a periculosidade desse grupo e investigava e monitorava eles. Foram atacar uma mulher desarmada, uma mãe de família, porque provavelmente eles viram que se viessem pra cima da gente, teriam uma resposta na mesma medida e na mesma força”, conta o policial protegido.
Há dois anos o inspetor investiga os autos de resistência do Batalhão de São Gonçalo, mortes em que PMs alegam legítima defesa em supostos confrontos com bandidos. Segundo ele, pelo menos 30 casos foram forjados e inocentes, mortos.
A confirmação de que o inspetor está ameaçado veio nesta sexta-feira (30), no depoimento de um dos PMs presos pela execução da juíza - um cabo, que aceitou delatar a quadrilha em troca de redução da pena.
Ele contou que o tenente Daniel Benitez, também preso pelo crime, teria dito que o inspetor deveria "levar um rodo", que significa morrer. Mas, de acordo com o depoimento, o tenente optou por matar a juíza, porque se matasse somente o inspetor, o trabalho dela continuaria. Mas se matasse a juíza, o trabalho do inspetor perderia força.
A exemplo de um outro cabo que também aderiu à delação premiada, o policial apontou como mentor do crime o coronel Cláudio Oliveira, ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo.
No depoimento, ele disse que o coronel teria aconselhado o tenente Benitez a fazer o serviço com apenas mais um homem, porque com mais de dois passaria a não ter segredo. Onze PMs suspeitos já foram presos.
O novo comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Erir Ribeiro, assumiu nesta sexta-feira e já determinou mudanças na cúpula da PM. Sete coronéis foram exonerados.
Erir Ribeiro está na PM há mais de 30 anos. Já comandou quatro batalhões e é considerado um oficial disciplinador. Um dos desafios será combater os maus policiais, como estes investigados pelo inspetor ameaçado de morte. Na mesa dele, uma pilha de processos contra os PMs suspeitos de executar a juíza.
“Era o extermínio, a extorsão, o sequestro, a propina. Eu acho que ousadia partiu diretamente do comando que os dirigiu para essa execução. E isso aí ficou confirmado no depoimento desse cabo, que disse que se o próprio comandante tivesse vetado não ousariam matar a juíza”, defende o policial.
O tenente-coronel Cláudio Oliveira e os advogados dos outros policiais suspeitos de envolvimento na morte da juíza negaram as acusações.

fonte: G1

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