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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Campanha para vereador deve ficar 141% mais cara em 2012

Projeções feitas a partir dos valores declarados em 2008 mostram que gastos médios dos candidatos a vereador de Belo Horizonte vão saltar de R$ 124 mil para R$ 300 mil em 2012
Santinhos, jornais, adesivos de carros, cartazes, telemarketing, mala direta, equipes de panfletagem, comitê de campanha, aluguel de carro… A lista parece infindável. Os itens, contudo, fazem parte do abecedário das campanhas de vereador, no qual a falta de caixa é sinônimo de fracasso. Embora os custos das campanhas sejam muito diferentes, pois dependem do perfil dos candidatos e de suas bases, da concentração territorial da votação e até mesmo da coligação majoritária articulada pelos partidos políticos, em todas as estimativas, as campanhas do ano que vem custarão mais do que o dobro da declaração média apresentada em 2008 à Justiça Eleitoral pelos 41 vereadores eleitos de Belo Horizonte.

Se nas eleições passadas os candidatos a vereador que saíram vitoriosos das urnas informaram gasto médio à Justiça Eleitoral de R$ 124 mil, para o ano que vem a projeção é de que uma campanha com uma estrutura mediana despenderá R$ 300 mil –141% a mais que o valor médio declarado em 2008. As estimativas de gastos de campanha dos vereadores que buscam a reeleição representam 614% a mais do que os vereadores eleitos em 2004 declararam à Justiça Eleitoral. Naquele pleito, a declaração de gasto médio dos candidatos eleitos foi de R$ 42 mil.

O atual plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte sofreu oito mudanças ao longo do mandato com as eleições para deputado estadual de Luzia Ferreira (PPS), João Vítor Xavier (PRP), Fred Costa (PHS), Paulo Lamac (PT), Carlos Henrique (PRB) e, para deputado federal, de Luís Tibé (PTdoB). Houve troca de cadeira também com a cassação de Welington Magalhães (PMN). Como os suplentes que assumiram, no geral, informaram gastos de campanha à Justiça Eleitoral ainda menores, a média declarada de despesas de campanha dos 41 vereadores que hoje exercem mandato caiu para R$ 102 mil, quase 300% a menos do que se projeta consumir em 2012. É o caso dos vereadores Márcio Almeida (PRP), que disse ter despendido R$ 10.017, de Toninho Pinheiro da Vila Pinho (PTdoB), que declarou despesa R$ 17.908, e de Joel Moreira Filho (PTC), que informou gasto de R$ 31.888.

Reeleição

A tomar ao pé da letra a veracidade dos informes de campanha realizados pelos atuais vereadores , apenas um se reelegeria: Iran Barbosa (PMDB), com gastos informados de R$ 311.703, foi quem teve a campanha mais cara no conjunto do atual plenário. Paulinho Motorista (PSL), que em 2008 informou a menor despesa – de R$ 8.097 – não conseguiria no ano que vem sequer imprimir os santinhos consumidos numa campanha regular (veja quadro).

Embora as campanhas para vereador nas grandes capitais sejam mais baratas do que as de deputado estadual e de deputado federal – já que o território a ser percorrido na caça aos eleitores é bem menor – a disputa geográfica entre candidatos é muito mais acirrada. Em 2008, por exemplo foram 1.030 candidatos a vereador concorrendo por eleitores em 345 quilômetros quadrados. No ano passado, 950 candidatos a deputado estadual disputaram o voto em todo o estado – extensão de 586.528 quilômetros quadrados.

Desde 2006, quando explodiu o escândalo do que se convencionou chamar “caixa não contabilizado de campanhas”, as declarações de gastos têm se tornado mais realistas. É verdade que ainda não representam o que de fato se consome nas campanhas. Mas, com o aperto do cerco sobre o caixa 2 e da fiscalização, a cada novo pleito os informes de campanha se tornam mais precisos. Para o ano que vem, entre santinhos, santões e a parafernália das campanhas, projetam-se gastos médios de R$ 300 mil para uma campanha vitoriosa ao Legislativo da capital mineira. Se as declarações se ajustarão à realidade, o tempo dirá.

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