Segundo o relatório lançado nesta segunda-feira (23) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), 2,3 milhões foram contaminadas pelo HIV em 2012, o que representa uma redução de 33% no número de casos desde 2001.
O documento também destaca que houve uma queda de 52% de novas infecções entre crianças, contabilizando 260 mil novos casos no ano passado.
À medida que aumenta o acesso a tratamentos antirretrovirais no mundo, o número de pessoas que morreram devido a doenças relacionadas à aids também caiu 30% desde o pico em 2005.
Até o final de 2012, cerca de 9,7 milhões de pessoas em países de baixa e média renda tinham acesso à terapia antirretroviral, o que representa um aumento de quase 20% em apenas um ano.
O Relatório sobre a Epidemia Global de AIDS de 2013 também aponta que, apesar do financiamento para os tratamentos contra o HIV não ter aumentado desde 2008, os gastos domésticos com as terapias cresceram consideravelmente, representando 53% dos recursos globais contra o HIV em 2012.
O total de recursos globais disponíveis para o tratamento do vírus foi estimado em 18,9 bilhões de dólares no ano passado.
Em relação ao Brasil, documento afirma que houve um aumento do número de casos de contaminação desde 2001. Naquele ano, o mínimo de pessoas contaminadas era de 430 mil e o máximo de 520 mil. Já em 2012, pelo menos 530 mil pessoas e no máximo 660 mil pessoas vivendo com HIV.
Porém, o número de mortes relacionadas à aids caiu de lá para cá. O relatório afirma que, em 2001, entre 18 mil e 27 mil pessoas morreram em decorrência da atividade do vírus. Já em 2012, a quantidade de pessoas vivendo com HIV que faleceram no país ficou entre 11 mil e 19 mil pessoas.
Os gastos internos para o tratamento da doença também foram ressaltados no documento. O Brasil foi o país da América Latina que em 2010 mais desembolsou dinheiro com terapias antirretrovirais, gastando mais de 745 milhões de dólares.
Por fim, o relatório conclui que, em geral, o progresso para garantir o respeito aos direitos humanos, o acesso aos tratamentos contra o HIV para as pessoas com maior risco de infecção – especialmente os usuários de drogas – e a prevenção da violência contra mulheres e meninas tem sido lento.
Desigualdade de gênero, leis punitivas e ações discriminatórias continuam dificultando as respostas ao HIV e mais esforços são necessários para superar os obstáculos impostos pelo vírus.
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