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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Texto institucional da UFRJ chama universidade de ‘cartorial’ e ‘elitista’


A sinceridade de um texto que conta a história da UFRJ, reproduzido no site da própria universidade, gerou polêmica nesta terça-feira nas redes sociais. Nele é dito que a instituição carrega “vícios de origem”, que contribuem para que aUFRJ tenha uma “cultura burocrática e cartorial”. No Facebook, alguns estudantes chegaram a cogitar a hipótese de que o endereço eletrônico da universidade tivesse sido invadido por hackers, mas a UFRJ confirmou a autenticidade do documento.
A reportagem é de Leonardo Vieira e publicado pelo jornal O Globo, 26-09-2013.
De acordo com o texto, a UFRJ nasceu da união de três faculdades que remontam ao século XIX. Esta fragmentação seria o mal que a instituição até hoje não teria conseguido superar:
“Esse vício de origem define a trajetória posterior da Universidade, levando ao estabelecimento de uma cultura burocrática e cartorial, que contamina de maneira profunda sua existência e que, decorridas mais de oito décadas, ainda se constitui obstáculo a um desenvolvimento verdadeiramente republicano”, diz um trecho.
Mais abaixo, citando o primeiro reitor da instituição, a UFRJ considera-se “elitista”, “retardatária”, “patrimonialista”, dentre outros. E continua: “Fragmentada, do ponto de vista acadêmico, dispersa do ponto de vista geográfico, elitista e bacharelesca, voltada quase que exclusivamente para a formação profissional, a Universidade desconhece quase que completamente a docência em regime de dedicação exclusiva e a pesquisa.”
Em nota, a UFRJ confirmou que o texto foi redigido pela assessoria da universidade em 2006, sendo supervisionada pelo ex-reitor Aloísio Teixeira, que morreu em 2011. O conteúdo é praticamente o mesmo que aparece no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), elaborado em 2006. A instituição afirmou ainda que o histórico representa a opinião da atual reitoria, pois “segue uma proposta comum na universidade, que é olhar de forma crítica sua história”.
No Facebook, embora concordem com o conteúdo, muitos discutiam sobre a veracidade do texto. “Com certeza, a melhor página de Histórico de qualquer site institucional que eu já li. Resta saber se foi ‘trollagem’, se alguém autorizou, ou se está aí há anos e ninguém reparou”, comentou um escritor.
A franqueza do texto também surpreendeu alunos do DCE da UFRJ. Para Tadeu Lemos, é positivo que a universidade reconheça problemas e os coloque em seu próprio site para diálogo.
— É bom porque a reitoria reconhece as falhas que nós mesmos apontamos e combatemos, como o elitismo — afirma Tadeu.
Contra o elitismo
Em 2011, a UFRJ aderiu ao sistema de cotas em seu processo seletivo de acesso à graduação, constituído peloEnem, reservando 12,5% das vagas para alunos oriundos de escolas públicas. No ano passado, a instituição elevou o benefício para 30%, e até 2016, a universidade deve se adequar a lei federal que prevê 50% de cotas vestibulares federais. As políticas afirmativas saíram do papel na gestão de Aloísio Teixeira, um dos autores do texto publicado no site da UFRJ.

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