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terça-feira, 22 de outubro de 2013

CIDADÃOS E ELEITORES DE MINAS GERAIS SÃO TRATADOS POR DEPUTADOS COMO CURRAIS ELEITORAIS

ASSEMBLEIA: INVASORES DE CURRAL ELEITORAL 

Deputados mineiros reclamam que colegas estão tentado atrair eleitores em seus redutos


Preocupados com o eleitorado que pode garantir-lhes mais quatro anos de mandato na Assembleia de Minas, deputados reclamam uns dos outros por “invasão de redutos eleitorais” a um ano do pleito. As queixas, que têm se avolumado com a aproximação das eleições do ano que vem, referem-se à quebra de uma espécie de “acordo tácito” existente no Legislativo estadual: nunca fazer campanha em bases eleitorais “já ocupadas”.

Alguns parlamentares com redutos consolidados reclamam que tiveram que passar a conviver com outros colegas que prometem benesses para o eleitorado, que, em tese, já “tem dono”. “São deputados novatos, que não têm compromisso com aCasa. Eles sabem que existe o deputado da cidade e tentam entrar para obter votos. Depois, nunca mais voltam ao município”, ataca, sem citar nomes, o deputado Alencar da Silveira Júnior (PDT), cuja principal base eleitoral é Itabirito, na região Central do Estado. O pedetista teve 9.541 votos, o que o tornou o mais votado no município.
A prática é confirmada também pelo deputado Paulo Guedes (PT), cujo reduto é o Norte de Minas. “Na minha região, somos seis deputados, mas, volta e meia, aparece um paraquedista querendo comprar voto”, revela. “Mas só perde espaço quem não trabalha”, alerta o petista, dirigindo o “conselho” a quem esquece de seus eleitores entre um pleito e outro.
Já para Jayro Lessa (DEM), que exerce o terceiro mandato como deputado estadual, o reduto “não é tão delimitado assim”. “É direito do deputado fazer campanha em qualquer lugar, assim como da comunidade votar nele ou não”, acredita. Lessa, que divide a cidade de Itabirito com o deputado Alencar da Silveira Júnior, afirma que “não tem tido problemas com isso”, apesar de reconhecer que as queixas existem nos corredores do Legislativo.
As reclamações recaem, principalmente, sobre deputados que buscam cidades onde não tiveram votação expressiva ou que conquistam o apoio do líder políticolocal.
Em primeiro mandato, João Vitor Xavier (PSDB) reconhece que existem “muitas brigas e muitos problemas” na Assembleia por conta dessa disputa. “Acontece com prefeito que apoia um deputado. E aí outro toma o apoio. Mas, em democracia, não existe isso de curral eleitoral. A sociedade é livre para escolher”, afirma.
Em meio a toda a discussão envolvendo demarcação ou abertura dos redutos eleitorais, o deputado Jayro Lessa resume o impasse, que afeta a todos os parlamentares. “Ninguém é santo, entendeu?”.
Cafezinho
Bastidores. Segundo os deputados, a “invasão” de redutos eleitorais tem sido a conversa preferida dos parlamentares durante o tradicional cafezinho servido no salão vermelho, ao lado do plenário.

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