ASSEMBLEIA: INVASORES DE CURRAL ELEITORAL
Deputados mineiros reclamam que colegas estão tentado atrair eleitores em seus redutos
Preocupados com o eleitorado que pode garantir-lhes mais quatro anos de mandato na Assembleia de Minas, deputados reclamam uns dos outros por “invasão de redutos eleitorais” a um ano do pleito. As queixas, que têm se avolumado com a aproximação das eleições do ano que vem, referem-se à quebra de uma espécie de “acordo tácito” existente no Legislativo estadual: nunca fazer campanha em bases eleitorais “já ocupadas”.
Já para Jayro Lessa (DEM), que exerce o terceiro mandato como deputado estadual, o reduto “não é tão delimitado assim”. “É direito do deputado fazer campanha em qualquer lugar, assim como da comunidade votar nele ou não”, acredita. Lessa, que divide a cidade de Itabirito com o deputado Alencar da Silveira Júnior, afirma que “não tem tido problemas com isso”, apesar de reconhecer que as queixas existem nos corredores do Legislativo.
Em primeiro mandato, João Vitor Xavier (PSDB) reconhece que existem “muitas brigas e muitos problemas” na Assembleia por conta dessa disputa. “Acontece com prefeito que apoia um deputado. E aí outro toma o apoio. Mas, em democracia, não existe isso de curral eleitoral. A sociedade é livre para escolher”, afirma.
Em meio a toda a discussão envolvendo demarcação ou abertura dos redutos eleitorais, o deputado Jayro Lessa resume o impasse, que afeta a todos os parlamentares. “Ninguém é santo, entendeu?”.
Cafezinho
Bastidores. Segundo os deputados, a “invasão” de redutos eleitorais tem sido a conversa preferida dos parlamentares durante o tradicional cafezinho servido no salão vermelho, ao lado do plenário.
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