A PMESP, legalista desde sua criação atravessou duas grandes paralizações em sua história, a primeira foi em 1961, Irrompida pouco depois das 8:30 horas da manhã, a greve dos bombeiros da Capital – em sinal de protesto contra o nível de seus soldos – ganhou corpo durante todo o dia, alastrando-se pelas unidades com sede no Interior do Estado. Houve adesões na FORÇA PÚBLICA, paralisando inclusive parte do policiamento ordinário da cidade, a cargo da RÁDIO PATRULHA (22 das 144 viaturas) e, ao terminar a jornada, o movimento transformou-se numa greve “por tempo indeterminado”
A segunda foi em 1988, o rádio de comunicação dos carros foi o modo usado pelos policiais revoltados para paralisar o patrulhamento das ruas na região central de São Paulo. Por aumento de salário, os PMs cruzaram os braços em 19 de fevereiro de 1988, no maior motim enfrentado pela corporação desde o levante dos bombeiros, em 1961. Os homens do 7º Batalhão se reuniram na Praça da Sé e acabaram dispersados pela tropa comandada pelo então coronel Ubiratan Guimarães, que mais tarde comandaria a invasão do Pavilhão 9 da Casa de Detenção, quando 111 presos morreram.
A terceira pode estar a caminho com os fatos ocorridos recentemente onde coronéis ordenam 'feijão com arroz' no policiamento, segundo matéria da Folha de São Paulo publicada em 26 de setembro de 2013, leia na integra:
A ideia é fazer "feijão com arroz" durante o cotidiano policial, disseram coronéis que participaram nessa quarta-feira, 25, da reunião no Comando-Geral. O descontentamento contra a decisão do governo de anunciar medidas que beneficiam a Polícia Civil causou enorme estrago nos ânimos da corporação. A presença do comandante-geral, Benedito Roberto Meira, no evento em que ocorreu o anúncio provocou críticas pesadas dos oficiais. Meira havia marcado a reunião para as 14h de ontem. Remarcou e apareceu às 16h.
A presença dele ao lado de Geraldo Alckmin (PSDB) foi vista como apego ao cargo. O contraponto citado foi o do coronel Claudionor Lisboa, que foi comandante-geral no governo Mário Covas. No período em que a PM era criticada pelo então secretário José Afonso da Silva, Lisboa rebatia abertamente o secretário.
Entre as frases mencionadas pelos coronéis, eles disseram que dois PMs morreram em serviço nos últimos dez dias. A ironia, segundo eles, é que o prêmio acabou sendo o aumento da Polícia Civil. Alguns explicaram que o estrago já havia sido feito e que não era necessário decretar a "greve branca". A corporação, quando desanimada, diminui naturalmente o ritmo.
Agora as Associações dos cabos e soldados, sargentos e sub-tenetes e oficiais, dentre outras, estão unidas em uma só voz, tendo na ALESP o deputado major Olímpio como grande mobilizador nas manifestações. que aos poucos vem ganhando corpo.
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