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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Justiça nega pedido de saída de PMs do caso Amarildo de presídio de Bangu


O major Edson Santos está entre os PMs que vão responder pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver


A 8ª Câmara Criminal do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) definiu nesta quarta-feira (23) que o major Edson dos Santos e o tenente Luiz Felipe de Medeiros, acusados de tortura e morte de Amarildo de Souza, vão permanecer detidos na penitenciária Bangu 8, na zona oeste da capital fluminense.

A decisão do desembargador Marcus Quaresma Ferraz foi uma resposta a pedido de habeas corpus dos advogados dos réus, que tiveram a prisão decretada no dia 4 de outubro.

"Não se verifica de plano qualquer ilegalidade ou abuso de poder a violar o direito de liberdade dos pacientes", afirmou o desembargador.

Os dois PMs são os únicos presos no presídio, porque o Ministério Público afirmou que eles estavam atrapalhando as investigações com tentativas de coação de subordinados também envolvidos no crime. Outros oito policiais militares denunciados pelo MP no início do mês cumprem prisão preventiva no Batalhão Especial Prisional, em Benfica, zona norte do Rio de Janeiro. 

A eles devem se juntar mais três PMs indiciados na última terça-feira (22) por envolvimento na tortura a que Amarildo foi submetido no dia 14 de julho numa área contígua à UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, comandada à época pelo major Edson Santos.

O caso Amarildo

Para a Polícia Civil, Amarildo foi torturado e morto depois de ter sido levado por policiais para a sede da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na comunidade, um dia depois de a PM realizar a operação Paz Armada, que investiga o tráfico de drogas na Rocinha. Vinte e cinco PMs foram denunciados por tortura seguida de morte e ocultação de cadáver, entre outros crimes.
De acordo com o delegado, que coordena a investigação, as pessoas que se disseram vítimas de tortura de policiais da UPP da Rocinha foram ouvidas de março a julho deste ano para revelar detalhes do esquema do tráfico de drogas no local.

Todas as 22 testemunhas que narraram mecanismos de tortura apontam homens comandados pelo major Edson Santos (ex-comandante da UPP afastado no mês passado após ser denunciado pelo caso Amarildo) como agressores. Pela linha de investigação da polícia, Amarildo seria a 23ª vítima do grupo - e a única que foi morta.

Asfixia com saco plástico, choque elétrico com corpo molhado, introdução de objetos nas partes íntimas e até ingestão de cera líquida eram alguns dos "castigos" aplicados aos moradores da Rocinha, dentro e fora das dependências da UPP --alguns depoimentos falam em sessões de tortura em becos da comunidade, incluindo o beco do Cotó, onde, segundo a polícia, Amarildo foi sequestrado.

À época do desaparecimento do pedreiro, o ex-comandante da unidade sustentou que Amarildo foi ouvido e liberado, mas nunca apareceram provas que mostrassem o pedreiro saindo da UPP, pois as câmeras de vigilância que poderiam registrar a saída dele não estavam funcionando.


Do UOL, no Rio



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