Gustavo Maia
Centenas de pessoas que protestam contra o leilão do pré-sal entraram em confronto com a Força Nacional nesta segunda-feira (21), na Barra da Tijuca, no Rio.
Manifestantes derrubaram as grades de proteção e tentaram invadir a área interditada, e os militares reagiram com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. A reportagem do UOL contabilizou ao menos sete feridos, sendo dois jornalistas.
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Em um novo confronto, sem motivo aparente, a polícia começou a jogar bombas de gás contra os manifestantes, que responderam atirando pedras e cocos.
Alguns mascarados adeptos da tática black bloc assumiram a linha de frente e começaram a jogar bombas de gás de volta, contra a Força Nacional.
Eles também viraram um carro da TV Record e colocaram fogo no veículo. O foco de incêndio foi rapidamente controlado pelos bombeiros.
Os manifestantes também arrancaram placas de metal usadas para fazer o isolamento da área e passaram a usá-las como escudo.
Os homens da Força Nacional avançaram, ampliando a área isolada ao redor do hotel Windsor.
A Força Nacional respondeu às investidas dos manifestantes com uso intenso de balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, inclusive atirados na praia, onde há banhistas.
Os manifestantes se concentram na esquina da Avenida Lúcio Costa com a rua Coronel Eurico de Souza Gomes Filho, na Barra da Tijuca. Partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais levaram bandeiras para o local.
O Exército possui um efetivo de 1.100 homens na operação para evitar que manifestantes atrapalhem o leilão do campo de Libra. Um trecho da praia foi interditado para banhistas, inclusive.
A licitação da área gigante, no pré-sal da Bacia de Santos, oferecerá uma reserva estimada em 8 bilhões a 12 bilhões de barris de óleo recuperável. O campo de Libra é considerado a maior descoberta de petróleo já realizada no Brasil.
As críticas ao leilão são vastas: vão dos petroleiros, em greve nacional desde quinta-feira (17), até ex-executivos da Petrobras. E, seguindo a tendência vista no país desde junho, movimentos sindicais e sociais têm promovido protestos contra o leilão.
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