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sexta-feira, 6 de junho de 2014

PNUD aplica duros cortes de gastos e demissões coletivas


O total de funcionários do PNUD gira em torno de 6400. Se o plano for aplicado segundo o previsto, será uma das maiores demissões coletivas da ONU.


Thalif Deen, do IPS


divulgação

 
Nações Unidas, (IPS) - O programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), uma das maiores ag   ências da ONU, cujo orçamento médio anual gira em torno de cinco bilhões de dólares, fará demissões de grande escala, rebaixamentos de categoria, reduções salariais e supressão de postos de trabalho de alta hierarquia.
 
 
“Se o plano for aplicado segundo o previsto, será uma das maiores demissões coletivas da ONU”, declarou à IPS um antigo membro da instituição.
 
 
“Nunca havia sido tão grave, porque agora todas estas pessoas que perdem seus empregos e seus vistos G4 terão de voltar a seus países de origem,” disse, se referindo aos estrangeiros que possuem vistos especiais de funcionários de organizações internacionais com sede nos Estados Unidos.
 
Barbara Tavora, presidenta do Sindicato dos Funcionários da ONU, declarou à IPS que sua associação - que supervisiona os interesses dos empregados nas operações do secretariado e de campo - se preocupa com a “revisão estrutural” que a administração atual do PNUD realiza.
 
“Entendemos que isto pode causar descensos de categoria, assim como a perda de ao menos 30% dos postos de trabalho na sede de Nova York e de vários postos relacionados com a segurança também”, explicou.
 
“Ainda estamos tomando conhecimento dos destalhes sobre este exercício e me pergunto se há alguma base legal para as ações da administração do PNUD”, adicionou a sindicalista.
 
Seu sindicato “apoiará plenamente nossos colegas do PNUD e os ajudará em tudo que puder”, assegurou Tavora.
 
“Nossos servi   ços estarão muito mais centrados nas regiões e vamos ser mais econômicos”, anunciou a administradora do PNUD, Helen Clark, em uma carta dirigida a funcionários, já prevendo uma forte reação negativa.
 
Vamos ter um número consideravelmente menor de cargos de gradua   ção D (nível de diretor) em relação a outras graduações de serviçoes profissionais e gerais”, revelou.
 
Isto significa que se eliminarão muitos postos de trabalho e “adentraremos em um processo de realinhamento com a finalidade de sermos o mais justos e transparentes possíveis para preencher os novos postos”, adcionou Clark.
 
“Entendo, contudo, que alguns funcionários poderão aproveitar a oportunidade para deixar o PNUD, ao invés de competir por novos cargos,” assinalou na carta.
 
“Para facilitar este processo, vamos oferecer um número limitado de pacotes de separação voluntária”, informou Clark, ex-primeira ministra da Nova Zelândia e chefe do Grupo de Desenvolvimento da ONU
 
Atualmente, o secretariado da ONU tem mais de 11.700 empregados em Nova York. O total de funcionários do PNUD gira em torno de 6400, dos quais mais de 1.100 se encontram em Nova York e aproximadamente 5.300 em operações de campo, segundo estatísticas correspondentes a 2012 do Sistema de Recursos Humanos da organização.
 
O PNUD tem sua sede em Nova York mas mantém escrit   órios em 170 países e territórios, e é o organismo principal da ONU em países estrangeiros, dirigida por um Representante Residente em cara país
 
Desempenha uma função crucial no desenvolvimento socioeconômico, uma das tarefas fundamentais da ONU. Seu trabalho se concentra em quatro áreas principais, a saber, a redução da pobreza    e o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a governança democrática, a prevenção e recuperação das crises, o meio ambiente e a energia para o desenvolvimento sustentável.
 
Em todas suas atividades, o PNUD fomenta a proteção dos direitos humanos e o empoderamento das mulheres   , das minorias, e dos setores mais pobres e vulneráveis.
 
Em sua sede em Nova York, o PNUD conta com escritórios para a política de desenvolvimento, a prevenção e recuperação das crises, a gestão, as relações exteriores e a defesa.
 
Também possui escritórios que supervisionam as regiões da África, os estados árabes, Ásia e o Pacífico, Europa, a Comunidade    de Estados Independentes, a América Latina, e o Caribe.

Os recursos ordinários do PNUD provém inteiramente de contribuições voluntárias de diversos associados, entre eles os estados membros, organizações multilaterais e de outro tipo.

Estas contribuições vêm do orçamento comum ou como outros aportes dos contribuintes, segundo o PNUD.
 
Em 2012 contribuiram um total de 50 países com os recursos comuns, que ascenderam a 846,1 milhões de dólares.
 
A cifra correspondente a “outros recursos” chegou a 3,790 bilhões de dólares em 2012. Os recursos locais proporcionados pelos países aumentaram em 5,3% em 2012 em relação a 2011, enquanto as contribuições multilaterais aumentaram a mais de 1,5 bilhões de dólares.
 
Clark declarou que a mudança estrutural foi idealizada pela junta executiva do PNUD, que consiste em 36 estados membros, representados por regiões.
 
A junta aprovou em 2013 “um novo Plano Estratégico para o PNUD”, e desde então a organização inteira faz todas as mudanças necessárias para aplicá-lo.
 
Um dos três pilares deste plano é a melhora da eficácia institucional.
 
Para tanto, a organização realizou uma análise importante de seu rendimento e, segundo expressou Clark ao pessoal, “todos participamos na planificação e a implementação das mudanças”.
 
Nas oficinas de nível nacional se aplicou um “exercício de sustentabilidade financeira” que deu lugar a muitas mudanças, adicionou.

Além disso, nos últimos meses foi feito um exercício de mudança estrutural na sede e nas sistintas regiões para alcançar uma série de melhoras na eficiência, adcionou. “Nos comprometemos a mover mais de nossas políticas e serviços de apoio ao nível regional para que estejamos mais próximos de nossos escritórios nos países”, declarou Clark.
 
Indicou que isto inclui a eliminação da superposição desnecessárias entre os escritórios, assegurar que as funções estejam alinhadas corretamente através da organização para melhorar as normas de entrega de contas e profissionais, e melhorar “nosso âmbito de controle de maneira que tenhamos melhoras possibilidades de carreira para os funcionários mais jovens”.
 
Os planos “para reduzir o gasto em salários dos funcionários permaneceram dentro dos limites orçamentários fixados pela junta executiva em setembro”, explicou.
 
“Deixe-me dizer a todos vocês que reconheço que este não é um momento fácil para os funcionários”, destacou Clark.
 
“Também sei que podemos ser uma organização de desenvolvimento mais forte e eficaz que pode fazer uma diferença real na vida de milhões de pessoas”.
 
“Não tenho nenhuma dúvida de que há muitas oportunidades para o PNUD”, concluiu.

 
Tradução: Roberto Brilhante


Créditos da foto: divulgação

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