Hoje em Dia
A reação foi imediata e provocou repercussões diversas. Para alguns, Pimentel começou errando pelo fato de anunciar o secretário de uma área complexa e sensível sem planejamento prévio. Ou seja, sem a presença do outro lado; os Policiais Militares e o oficialato se sentiram desprestigiados, já que o futuro comandante da segurança pública seria “mais amigo” (e o governador também) da outra corporação. É claro que não é algo insolúvel, mas outras repercussões contestaram a experiência e a capacidade do deputado para o setor no qual todos têm grande expectativa de respostas imediatas. “É uma área em que você pisa em ovos todo o tempo”, observou um.
No mesmo evento, Pimentel adiantou que pretende um trabalho integrado para o setor, incluindo, além das Polícias Militar e Civil e a Federal, o Ministério Público, a Defensoria Pública e o Judiciário, sem o qual não haverá avanço. Além disso, é necessário grande investimento em equipamento e capacitação em um setor que, dizem, estaria faltando até gasolina para as viaturas. Santana nada falou, mas saiu de lá tão prestigiado quanto o próprio governador diante dos policiais.
Das repercussões favoráveis, destacaram o perfil do diálogo, da conciliação e da habilidade política de Santana para conduzir o segmento, que deixará para os comandantes das duas corporações a tarefa de gerenciar a tropa. O nome do coronel Marco Bianchini, ex-ajudante de ordens quando Pimentel foi prefeito de Belo Horizonte, voltou a figurar como bem cotado para o Comando da PM. Foi dele iniciativas na Prefeitura como a polícia comunitária e de aproximação com a sociedade.
Transição preocupa
No encontro com os policiais, Pimentel voltou a manifestar preocupação com a realidade econômica do estado após a liberação de relatórios oficiais. “A situação não é boa”, reafirmou, ainda convencido de que a verdadeira realidade só conhecerá após a posse. Ontem, sua equipe de transição solicitou ao governo atual informações sobre dois decretos do governador. Um deles, unificou os fundos, como o da previdência do servidor, ao caixa único e outro autoriza pagamentos fora do Siafi.
Sejam quais forem os números, tão grave quanto isso é o insucesso da transição, que mantém o atual governo e o futuro em campos opostos e em clima de desconfiança. Hoje, haverá a primeira tentativa de superação desse impasse na Assembleia Legislativa, onde será colocado em votação o projeto que reduz o ICMS do etanol em cinco pontos percentuais e aumenta o da gasolina em dois. Pimentel não é contra o projeto, mas está desconfiado de emendas (33) apresentadas e com o caráter estranho de algumas delas.
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