Após bate boca, os policiais das duas corporações realizaram manifestação cobrando retratação de Lafayette Andrada
Frederico Haikal
Faixa foi o que provocou princípio de briga entre os policiais
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol-MG), Antônio Marcos da Pereira, o "Toninho Pipoco", uma faixa com os dizeres "Cidadão. Integração é farsa. Quem manda em Minas é governador Anastasia ou o comandante da PM coronel Renato Vieira?" não foi permitida por seguranças da Assembleia. Pipoco disse que, no entanto, foi a segunda faixa que provocou o início de estranhamento entre policiais das duas corporações. A faixa, com os dizeres "Pelo fim das abordagens violentas, arbitrárias e esculachantes da PMMG contra qualquer cidadão" não foi aceita pelos militares e provocou um bate-boca entre os sindicalistas, o vereador cabo Júlio (PMDB) e o deputado Sargento Rodrigues (PDT), ex-integrantes da PM.
Após algum tempo, o Sindpol retirou a faixa e os ânimos voltaram ao normal. De acordo com o coordenador de Direitos Humanos da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), sub-tenente Luiz Gonzaga Ribeiro, houve uma pequena discussão quando os militares solicitaram que a faixa fosse retirada, o que foi feito sem maiores incidentes.
Na tarde de segunda-feira (28), Andrada convocou representantes da Aspra-MG e do Centro Social Cabos e Soldados PM e Bombeiros do Estado para uma reunião sigilosa. De acordo com Ribeiro, o secretário não chegou a se desculpar formalmente, mas reconheceu que suas declarações criaram um mal-estar na tropa. O encontro teria sido uma forma de acalmar os ânimos dos militares durante a manifestação desta terça, em protesto sobre a declaração de Andrada.
A estratégia parece ter funcionado. Fora o estranhamento entre policiais civis e militares, a manifestação ocorreu sem maiores incidentes. Além de retratamento de Andrada, a manifestação também cobrou que a Rotam tenha seu reconhecimento dentro da PM e que os militares Jason Ferreira Paschoalino, Adelmo Felipe de Paula Zuccheratte e Jonas David Rosa tenham um julgamento justo, e que não sejam condenados antes do fato apurado. O cabo Fábio de Oliveira, 45 anos, que comandava a equipe da Rotam, foi encontrado morto em uma cela do 1º Batalhão na manhã do último dia 25.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é sua opinião, que neste blog será respeitada