Em agosto de 2011, mesmo com todos os escândalos em aberto, Dilma Rousseff foi dar o seu aval ao Programa Segundo Tempo, em Juazeiro. Vai ter pulso para demitir o ministro?
É muito simples, senhores e senhoras parlamentares. Os escândalos com o Programa Segundo Tempo não são de hoje, eles vêm sendo denunciados desde 2007. A CPI das ONGs já denunciava as maracutaias, as falcatruas, o roubo de dinheiro público que deveria ser destinado à compra de merenda para as crianças atendidas. Mesmo com todas estas denúncias, em 2010, ano eleitoral, foram detectados desvios da ordem de R$ 10,3 milhões, em 25 convênios. E o mais flagrante: as ONGs mais beneficiadas favorecem a militantes do PCdoB. Basta ver o caso de Karina, a ex-jogadora, em São Paulo. E o caso do ex-candidato a senador pelo partido, em Santa Catarina, ex-assessor do ministério dos Esportes, João Ghizoni. Existe uma sofisticada organização criminosa dentro do ministério dos Esportes, desviando verbas para financiar campanhas politicas e enriquecer seus beneficiários e operadores. Além das provas, são muitas as evidências. E as provas não são forjadas, elas brotam das investigações da CGU. O policial militar, um corrupto beneficiado pelo esquema,é o de menos. Dilma sabia de tudo no governo Lula. Dilma sabia dos desvios no Programa Segundo Tempo. Dilma tinha autoridade para cancelar o programa até que as investigações fossem concluídas. Poderia ter colocado travas contra a corrupção. Dilma sabia e não fez. E ainda deu ao envolvido em falcatruas há quatro anos o benefício da presunção da inocência. E aos brasileiros, por óbvio, a presunção da idiotia. Dilma pode manter tudo como está ou demitir o quinto corrupto em menos de um ano. Dilma ainda tem a chance de sair com as mãos limpas. Ainda.
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