A participação na vida pública, para quem defende uma cidadania de exigência, rigor e de transparência, na tomada de decisões dos poderes públicos, é uma exigência cívica ditada por uma boa consciência. A renúncia desta responsabilidade individual, empobrece e desqualifica a democracia, favor
ece o tráfico de influências, a rede de interesses, os compadrios, a corrupção.
Para uma democracia em que o determinante seja o interesse público, numa sociedade mais justa e equilibrada, social e economicamente, e combater a rede de interesses, das influências e da corrupção, é preciso mais do que votar de quatro em quatro anos, elaborar uns protestos, mostrar alguma indignação. É preciso melhorar a qualidade da nossa democracia.
E para isso não bastam os belos discursos. É preciso dar expressão prática à democracia participativa. Os cidadãos não podem ver reduzida o exercício pleno de sua cidadania, mas ao contrário os candidato ou candidata (s) compromissado (s) com a democracia participativa, serão identificados pelas suas propostas e pela determinação em criar dispositivos e espaços para participação na tomada de decisão de interesse dos cidadãos em seu município.
É inadiável, pois criar mecanismos de participação cidadã, sérios e independentes, permitindo o escrutínio e o controle democrático dos cidadãos; mecanismos de participação abertos, abrangentes, promotores do debate, da intervenção cívica, observatórios do exercício do poder, estabelecer provedorias e ouvidoria dos usuários dos serviços públicos a todos os níveis, experimentar os orçamentos participativos, dar espaço e voz às populações na definição das políticas concretas, em particular no domínio municipal. Sem medo, sem receios, sem rodeios.
Se o seu candidato apresenta e defende propostas com o claro objetivo de estabelecer tais instrumentos de controle e participação popular, já é o começo das mudanças na política e administração do município, possibilitando assim que o cidadão faça uso de seu poder no processo decisão que afetará sua vida e sua comunidade.
José Luiz Barbosa
Presidente da Associação Mineira de Defesa e Promoção da Cidadania e Dignidade.
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