Uma semana negra para Patrus Ananias
Não deve ter sido uma semana fácil para o candidato petista à Prefeitura de Belo Horizonte, Patrus Ananias
Alexandre Silveira quer cassar a candidatura do petista
Foto: JEditorial
Na sexta-feira, as notícias dos jornais diários confirmavam o que parecia improvável: ele foi abandonado pelos quatro vereadores do PMDB da Capital. Três deles, Geraldo Felix, Cabo Júlio e Preto de Sacolão, se debandaram para a campanha de Marcio Lacerda. O quarto vereador, Iran Barbosa, também se afastou do compromisso com o petista, mas se declarou neutro neste pleito.
No debate ao vivo pela TV Bandeirantes, na noite de quinta-feira, os temas levados ao ar não despertaram o interesse do telespectador. A imprensa especializada não conseguiu fazer uma avaliação positiva de nenhum dos candidatos.
O representante petista não discutiu qualquer proposta nova. Aliás, em determinados momentos, Patrus chegou a afirmar que existem muitas coisas boas sendo realizadas, inclusive com dinheiro do Governo Federal, e que, se eleito, continuaria com estes programas. Ou seja, parece até que estava levantando a bola para seu principal adversário, Marcio Lacerda, fazer um gol.
Imprensa nacional
Com a experiência de delegado de carreira da polícia civil, deputado federal em seu terceiro mandato, Alexandre Silveira promete não dar trégua a Patrus. Foi dele, como representante do PSD mineiro, a representação contra o petista, sob a alegação de que sua candidatura deve ser impugnada, pois o ex-prefeito não teria se afastado em tempo hábil da presidência do Conselho Superior de Responsabilidade da Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP).
Com relação a este tema, a Revista Veja, na semana passada, editou uma reportagem de duas páginas, informando que a entidade paulistana é pública, por receber repasse de dinheiro público. O candidato à PBH não teria se afastado de lá até 05 de junho, como manda a lei, e quando foi pego no contrapé neste complicado assunto, ficou sem ter condições de fornecer explicações conviventes.
Segundo a revista, o salário recebido da Fiesp é de R$ 10 mil por mês. A publicação paulistana insinua, inclusive, que houve adulteração de documento, possivelmente na tentativa de procurar resolver este verdadeiro imbróglio. Procurado pela imprensa, o deputado Alexandre Silveira, do PSD, garante: vai até as últimas consequências para provar a inelegibilidade do representante do Partido dos Trabalhadores.
Correndo ao largo destas maledicências, Marcio Lacerda continua com sua campanha sem muitos atropelos. Seus marqueteiros querem fazer uma espécie de prestação de contas em relação ao volume de obras que estão sendo realizadas em diversas regiões da cidade. “Aliás, a realização de obras até incomoda um pouco, mas as pessoas sabem que o benefício é maior do que a situação momentânea”, avalia um assessor do atual prefeito.
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