Por Nélio Azevedo
Diante das notícias de que a Cemig montou planilhas que permitiram a distribuidora de energia cobrar a mais nas contas, pela energia fornecida, por um período prolongado e dos desmandos das operadoras de telefonia móvel que presta um serviço de baixa qualidade e são campeãs de reclamações nos Procons desse país, chego a uma só conclusão: “Estamos nas mãos de calango”!
Para completar, os nossos queridos senadores recebem 14º e 15º salários e não recolhem Imposto de Renda sobre esses valores que são chamados de ajuda de custo; senadores que não movem uma palha sequer para impedir esses desmandos, que não trabalham e, quando o fazem, legislam em causa própria ou em favor de quem os financia.
São os mesmos senadores e deputados que se negam a votar matérias que beneficiariam o povo, como a lei que põe fim à cobrança da assinatura da telefonia fixa ou a criação de uma CPMI que investigasse essa safadeza da CEMIG; que votasse um novo Marco Regulatório das Atividades Minerárias ou que cobrasse das operadoras de telefonia móvel mais respeito com os usuários, que não prestam um serviço de qualidade nem respeitam quem paga por esses serviços.
Planos de saúde que se tornaram uma espécie de SUS de luxo, não conseguem atender seus clientes quando mais precisam de cuidados médicos, esses mesmos planos de saúde que financiam campanhas de parlamentares que defendem seus interesses no Congresso.
Bancos que lucram com tarifas legais e ilegais, que nos causa constrangimentos com portas eletrônicas que barram pessoas sem o menor critério e permite a entrada de bandidos que de dentro dos bancos avisam seus comparsas do lado de fora quem sacou, quanto e onde está o dinheiro, na modalidade de assalto conhecida como “Saidinha de Banco”; isso, sem contar o tempo absurdo que temos que ficar dentro do banco onde se tem um monte de caixas vazios e somente um atendente, sem se incomodar com o cumprimento da lei que obriga os bancos a atender com rapidez e eficiência, respeitando o tempo estabelecido para a permanência dos clientes dentro da agência.
TVs por assinatura que por lei não poderiam cobrar por pontos extras e que só nos atendem com eficiência e educação quando vamos comprar o serviço, mas, que se o cliente deseja cancelar o contrato ou fazer uma reclamação não consegue nunca ser atendido, num jogo de empurra que acaba com a paciência de qualquer um.
Os países mais pobres da Europa têm Internet de Banda Larga com 50 ou 100 mega a preços compatíveis com o serviço prestado e, o Brasil, a quinta economia do globo não tem nem sombra de um serviço igual, além de cara, é lenta e não mantém a conexão.
Em resumo, não sobra muita coisa a nosso favor; só nos resta votar e pagar impostos para manter as coisas como estão.
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