Não temos bola de cristal, nem contamos com o dom da clarividência, mas para os mais informados, e que vem acompanhando o desenrolar do cenário da segurança pública em seus Estados, e de forma mais atenta as discussões que estão em andamento a nível Nacional, verão que não estamos sendo pessimistas, nem lançando uma maldição sobre o futuro, mas é preciso mais do que "ficar sentado, com a boca cheia de dentes, esperando a morte chegar", como dizia o inesquecível cantor e compositor Raul Seixas.
Bem! quando afirmamos, escrevemos, e muitas vezes denunciamos publicamente, sabemos tratar-se de pequeno esforço, mas se todos tivéssemos a mesma preocupação, evitaríamos sofrer prejuízos e golpes inesperados muitas vezes traiçoeiros, tudo porque delegamos o poder, não o fiscalizamos e nem exigimos sua correta aplicação na defesa da segurança pública, da valorização profissional, de melhores condições de trabalho e segurança, e do principal, a revisão do Estatuto de Pessoal da Polícia Militar - EPPM - que desde o comando constitucional que a determinou, não foi cumprido pelo legislador, uma omissão grave e de prejuízos irreparáveis, que também contou com a concordância e o beneplácito das representações que deveriam ao contrário exigir seu cumprimento, sob a ótica dos princípios constitucionais, mas que se renderam aos encantos do poder e da opulência dos cargos.
Mas, desculpem-nos a franqueza, mas o mais de grave de tudo isto, é que muitas vezes a omissão, a inercia, e a indisposição para provocar e participar dos debates de grandes temas, não são tão somente dos que exercem cargos de representação política seja parlamentar ou de classe, claro que se aproveitam do fraco desempenho de nossa cidadania, mas são dos policiais e bombeiros militares, que estão abrindo mão de influenciar no processo e discussão que avança a passos largos, e que tratam da condição essencial de sua vida profissional e de seu status de cidadão.
Temos problemas que nunca foram resolvidos, temos outros que se acumulam, e muitos que se arrastam sem qualquer solução, e sabemos que precisamos fortalecer nossa representação política, para garantirmos voz, voto e poder nas discussões dos interesses dos policiais e bombeiros militares e de suas famílias, seja no âmbito do Estado ou na Câmara Federal.
Nossa participação, como temos ouvido e discutido com centenas de policiais e bombeiros militares, foi desqualificada como uso legitimo do poder, contudo em breve, teremos mais uma vez a oportunidade de fortalecer, ampliar, renovar, e eleger novas lideranças com compromisso com a luta, e que estejam comprometidos e aliados eticamente com os interesses dos policiais e bombeiros militares.
Cabe a cada um pensar, e começar a refletir sobre como será seu comportamento nas próximas eleições, se fará como antes, e votará por qualquer motivo que justifique o que pode ser um ato de apertar o botão "CONFIRMA" na urna eletrônica, mas os inúmeros exemplos nos dão conta, que se persistirmos errando, estaremos dando um duro golpe no futuro de nossos filhos e das futuras gerações.
PENSE NISTO! E NO FUTURO!
José Luiz BARBOSA - SGT PM - RR
Presidente da Associação Mineira de Defesa e Promoção da Cidadania e Dignidade, ativista de direitos e garantias fundamentais, especialista em segurança pública, ex-membro da Comissão do Código de Ética e Disciplina dos Militares e do anteprojeto do EPPM.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é sua opinião, que neste blog será respeitada