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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Moradora do Fogueteiro disse, na 5ª DP, que PMs da UPP comemoraram morte de mototaxista


Rafael Soares

Em depoimento na 5ª DP (Mem de Sá), uma moradora do Morro do Fogueteiro, no Rio Comprido, desmentiu a versão dos policiais da UPP sobre a morte do mototaxista Vitor Luís Rodrigues, de 38 anos. Segundo a mulher, testemunha ocular do crime, Vitor não estava armado e morreu quando foi acertado por um tiro na cabeça, pelas costas, de um PM. Antes de morrer, o mototaxista, que segurava pela mão duas crianças, uma de 4 e outra de 5 anos, teria gritado: “Não me mata, não. Olha as crianças!”. No sábado, os policiais contaram na delegacia que Vitor foi baleado numa troca de tiros após disparar contra os PMs.

Segundo o relato da testemunha, Vitor levava as crianças — que tinham medo das galinhas que circulam pelo local chamado de beco Zaire — quando foi baleado na perna pelos PMs. Ao ouvir os tiros, a mulher saiu de casa e viu o mototaxista baleado pedir ajuda. Ela pegou as crianças, levou-as para dentro de casa e viu o rapaz começar a correr quando foi atingido na cabeça por um dos seis policiais, que estava em cima de uma escada. Após o disparo, ela afirma que os policiais comemoraram o resultado da ação.
Vitor: morto por PMs no Fogueteiro
Vitor: morto por PMs no Fogueteiro Foto: Álbum de família
— O policial estava tão perto do Vitor que o sangue dele espirrou na cara do PM. Depois do tiro, deu para ver eles baterem as mãos e comemorarem: ‘É assim que se faz!’ — afirmou a mulher ao EXTRA.

O Tribunal de Justiça converteu, ontem, a prisão em flagrante dos soldados Raoni Santos Lima, Cesar Rodrigo Pavão Duarte, Antonio Carlos Roberto, Roberto do Nascimento Barreto, Vinicius Castro Nascimento e Adriano Costa Bastos em prisão preventiva. Segundo o promotor Marcos Kac, responsável pelo caso, o depoimento da testemunha foi fundamental para desmontar a versão dos PMs.

— Esse relato mostra que o que aconteceu foi uma execução — afirmou Kac.



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