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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Polícia do RJ encontra terceiro jovem levado por PMs ao Sumaré


Menor disse a policiais que conhecia pessoa em comum e foi liberado.
Divisão de Homicídios indiciou PMs por homicídio e ocultação de cadáver.

Guardas municipais que apreenderam o menor que ainda não foi identificado, no caso Sumaré, prestaram depoimento nesta quarta-feira (23), na Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca. Eles foram ouvidos com o objetivo de tentar ajudar na identificação (Foto: SEVERINO SILVA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO)
Guardas municipais que apreenderam o menor  prestaram depoimento Divisão de Homicídios (Foto: Severin Silva/ Agência O Dia/ Estadão Conteúdo)
A Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro (DH-RJ) encontrou o terceiro menor que foi detido por PMs e levado ao morro do Sumaré, na Zona Norte, que estava desaparecido, nesta quarta-feira (23). Segundo o delegado Rivaldo Barbosa, o relato do menor, de 16 anos, é compatível com o descrito pelas testemunhas ouvidas na investigação. Os PMs envolvidos no caso, suspeitos de atirar em outros dois jovens e levar o terceiro para o Sumaré, foram indiciados por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e ocultação de cadáver. O inquérito já foi enviado ao Ministério Público.
Imagens de uma câmera instalada no carro da PM mostram os cabos Fábio Magalhães Ferreira e Vinicius Lima Vieira levando três menores suspeitos de furtos no Centro do Rio para cima do morro. Dois deles foram baleados – um morreu e outro se fingiu de morto para sobreviver. O terceiro menor, encontrado nesta quarta, foi liberado na Lapa, na ocasião. Ele afirmou em depoimento que foi poupado na ação porque disse aos policiais conhecer uma pessoa em comum a eles.
Segundo Rivaldo, o menor trabalha como camelô na Rua Uruguaiana, no Centro do Rio. Ele ficará sob proteção da DH na noite desta quarta e receberá atenção de psicólogos porque está muito assustado. Os pais do jovem o acompanharam durante o depoimento.
Desta forma, a DH dispensou o novo depoimento dos PMs, que aconteceria na sexta-feira (25) e encerrou o inquérito. A motivação do crime não foi esclarecida porque, na ida à delegacia, os PMs ficaram em silêncio. Na ocasião, eles pediram à polícia para adiar o depoimento que seria prestado na terça-feira (21) na Divisão de Homicídios. As informações das investigações serão enviadas à corregedores da Polícia Militar. Segundo a Polícia Civil, os indiciados não tinham antecedentes criminais.
O delegado Rivaldo Barbosa ouviu ainda os dois guardas municipais que apreenderam o jovem liberado depois pelos dois dois PMs acusados pelo crime. A polícia considerou que eles apenas cumpriram ordem dos policiais.
A ação
No dia 11 de junho, os policiais realizavam um patrulhamento na Avenida Presidente Vargas, uma das principais do Centro, onde procuravam por dois menores de idade que estariam cometendo assaltos na região. Encontraram primeiro um, dirigiram por mais um tempo e acharam o segundo. Guardas municipais que estavam próximos à cena trouxeram o jovem encontrado nesta quarta.

Eles, então, decidiram que levariam os três “lá para cima”, referindo-se ao Morro do Sumaré, no Parque Nacional da Tijuca, Zona Norte. Às 10h20, eles param pela primeira vez e provocam os jovens, seguindo com o carro para um pouco mais à frente. Às 10h27, um dos homens sai do carro e leva o jovem de camisa preta, deixando os outros dois menores, acusados de cometer assaltos, na caçamba da viatura. Eles são chamados no rádio do carro, mas ninguém responde.
Às 10h32, o vídeo é interrompido, com a câmera voltando a funcionar apenas dez minutos depois.Nesse meio tempo, os policiais haviam matado Matheus de Souza, de 14 anos, e atirado duas vezes contra outro menor, de 15 anos. O rapaz, que sobreviveu aos disparos, contou que só escapou porque se fingiu de morto, após ter sido baleado nas costas e na perna.
O promotor de Justiça Homero Freitas acredita que, ao cometer o crime, os policiais tinham certeza da impunidade: “Eles não contavam que o outro jovem que levou os tiros permanecessem vivos. Eles tinham certeza que ninguém saberia de nada”, avalia o promotor.
Do G1 RIO DE JANEIRO



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