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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Dilma manda suspender divulgação de programa de governo por divergências com o PT; em 34 anos de história, partido nunca esteve tão confuso e desarvorado. É o medo de perder a bocona!



A candidata Dilma Rousseff iria divulgar por esses dias seu programa de governo, mas mandou suspender, informam Andreia Sadi e Natuza Nery na Folha. Por quê? Divergência com seus companheiros do PT. 

O partido quer que a candidata se comprometa com o fim do fator previdenciário, com a redução da jornada de trabalho, com a regulamentação da terceirização — criando dificuldades novas — e com a revisão da Lei da Anistia. Mas Dilma não quer nada disso porque sabe que:

a) o fim do fator previdenciário abre um rombo na previdência;

b) a redução da jornada só vai onerar ainda mais as empresas, elevando o custo Brasil;

c) criar embaraços novos à terceirização está na contramão da dinâmica do mercado de trabalho;

d) a revisão da Lei da Anistia, além de polêmica — voltará ao Supremo — abre uma crise desnecessária com as Forças Armadas. Se o absurdo vier, raciocina com razão a presidente, que seja via Judiciário.

Assim, a presidente tem preferido programa nenhum a ter o que exibir, expondo-se a arrumar adversários novos. Vejam ali a pauta: a petista tem feito um esforço danado para mostrar que é fiscalmente responsável — e o fim do fator previdenciário demonstraria o contrário — e que pretende incentivar o espírito empreendedor no país: ora, a redução da jornada e o combate à terceirização apontariam na direção oposta. 

Finalmente, a presidente prega a união de todos os brasileiros para um futuro radioso, e a revisão da Lei da Anistia só provocaria turbulências sobre o passado.
O pior para Dilma (não necessariamente para o Brasil) é que, ao não sair nada — nem o que quer o PT nem o contrário —, é como se ela já tivesse feito as piores escolhas para os setores aos quais não quer desagradar. 

E por que é assim? Porque resta a desconfiança, não é? Afinal, se ela não fala e manda segurar o programa, é sinal também de que não descarta essa pauta.
Períodos eleitorais já são normalmente caracterizados por incertezas até em países com uma economia mais estável do que a nossa, com muito menos demandas à flor da pele. Dado o quadro brasileiro, esse vai-e-vem é especialmente negativo. 

Até porque Dilma não é uma novata, que está se apresentando agora para a batalha. Ela já é a presidente da República. Chega a ser impressionante que amplos setores da sociedade considerem que Marina Silva é uma opção mais segura do que ela. E olhem que a candidata do PSB não chega a ser o exemplo acabado de coerência e de fidelidade a um pensamento.
Não fossem muitas outras coisas, isso bastaria para evidenciar as fragilidades do governo Dilma e a barafunda em que está metido o PT. Acompanho o partido desde o seu nascimento — fui um dos filiados, em priscas eras… Nunca o vi tão desarvorado e sem eixo. 

O risco de perder o poder está deixando a companheirada em desespero. Essa gente se tornou de tal sorte dependente do Estado que o risco de alternância de poder a impede de enxerga a realidade.
Convenham: tem seu lado divertido.
Por Reinaldo Azevedo

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