A partir da próxima semana, a Agência Pública convida a população a fazer perguntas para os candidatos à presidência pelas redes sociais.
A reportagem é publicada por Agência Pública, 12-09-2014.
A partir da próxima semana, o “Truco!”, projeto de cobertura eleitoral realizado pela Agência Pública de Jornalismo Investigativo vai entrar na sua fase final. Agora, as perguntas serão feitas pelos leitores, para todos os candidatos.
Na segunda-feira, dia 15, será aberto pelo Facebook da Pública o envio das perguntas, cada dia para um candidato. A questão que tiver mais “likes” em um dia será enviada à campanha, que tem o prazo de uma semana para responder. Das 11 candidaturas à presidência, 9 já se comprometeram participar do Truco do Eleitor. As perguntas precisam ser relacionadas a alguma afirmação comprovadamente feita pelo candidato. Não serão aceitas perguntas ofensivas. Além disso, a Agência Pública seguirá checando informações ditas pelos candidatos no horário eleitoral.
“A campanha presidencial está chagando na reta final, e estamos convidando o público da internet para participar ainda mais do debate democrático. As novas regras do Truco são claras e o objetivo é só um: aumentar o diálogo e a prestação de contas dos candidatos com o público, usando as redes sociais”, diz Natalia Viana, diretora de estratégia da Agência Pública.
O Truco!
Desde o início do horário eleitoral gratuito na TV, a Agência Pública tem se dedicado a checar os dados veiculados pelos candidatos à presidência no horário eleitoral gratuito. O resultado das checagens é publicado no site da agência todas as terças, quintas-feiras e aos sábados. Para manter a independência característica da Pública, a agência reuniu uma extensa base de dados de pesquisas, especialistas e instituições de diversas áreas prioritárias na campanha. A Pública também está produzindo a série Cartas na Mesa, com reportagens especiais confrontando cidadãos e candidatos.
Com um tom provocativo, bem humorado e inovador, o projeto “Truco!” tem identidade visual inspirada em jogos de cartas, desenhada pelo quadrinista Alexandre De Maio. Aos dados checados, são atribuídas cartas, de acordo com o que é apurado. São elas: “Truco!”, “Não é bem assim”, “Tá certo, mas peraí”, “Blefe”, “Zap!” e “Que medo”. (Leia abaixo sobre cada categoria).
Cartas
Truco! – Informações insustentáveis e promessas grandiosas, sem explicação de como serão implementadas. O Truco!é um desafio público para que o candidato responsável pela frase dê mais explicações ao eleitor. As respostas obtidas são divulgadas assim que a resposta da campanha é recebida.
Não é bem assim – Informações exageradas, distorcidas ou discutíveis.
Tá certo, mas pera aí – Informações corretas mas que merecem ser contextualizadas. Existem mais dados que o eleitor precisa saber do que os que foram apresentados durante o programa eleitoral.
Blefe – A informação é falsa. São usados dados de outras fontes – de preferência independentes – e auxílio de especialistas para confrontar a versão apresentada.
Zap! – Informações corretas e também relevantes ditas pelos candidatos. Para isso, são apresentados números que confirmam e expandem o que foi falado.
Que medo! – Algumas propostas podem afetar negativamente grupos importantes da população. O selo serve de alerta e virá acompanhado de um texto que mostra os problemas que aquela ideia traz.
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