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quarta-feira, 27 de abril de 2011

'Conselhão' volta com promessa de Dilma de 'valorizá-lo' e sem PT

Criado no governo Lula, Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social faz primeira reunião na gestão Dilma Rousseff sob nova direção: sai PT, entra PMDB. Mas presidenta promete 'valorizá-lo' e discutir políticas públicas com o grupo. A reportagem é de André Barrocal.

BRASÍLIA – Criado em 2003 pelo ex-presidente Lula com órgão de consulta, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social realizou nesta terça-feira (26/04) sua primeira reunião do governo Dilma Rousseff com a promessa presidencial de que o espaço será valorizado e chamado a discutir políticas públicas. Ao reativá-lo, Dilma transferiu a tutela do Conselhão, que desde o início esteve vinculado ligado à área política do Planalto mas, agora, vincula-se ao ministério encarregado de pensar o Brasil no longo prazo.

A mudança era planejada por Dilma desde a campanha eleitoral. Na visão dela, faz sentido que um grupo que ajuda a refletir sobre o Brasil fique na estrutura da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, cuja missão é exatamente olhar para frente. “Não vejo nenhum inconveniente exatamente por isso”, disse o cientista político Murilo Aragão, que é membro do Conselhão.

Mas para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, que é do Conselho, a alteração vai enfraquecer o grupo. Segundo o sindicalista, o órgão pertencia a um ministério, a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), com assento na coordenação do governo, seleção de ministros que se reúne toda a semana com Dilma (como já era com o ex-presidente Lula) para discutir as questões mais importantes. A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), nova tutora do Conselhão, não faz parte da coordenação.

A CUT fez um abaixo-assinado, enviado à presidenta, defendendo que o Conselho ficasse onde estava. Conseguiu a adesão de 40, dos 90 conselheiros. Em vão.

Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, igualmente do Conselho, considera que a troca de subordinação não afetará em nada o trabalho do grupo, já que, no fim da contas, que dirige o órgão é a própria presidenta.

Para além da visão técnica sobre a função do Conselho, o debate sobre seu controle foi uma queda de braço entre PT e PMDB. O primeiro comanda a SRI e o segundo, a SAE. A transferência de comando foi feita por decreto de Dilma assinado na segunda-feira (25/04).

O ministro-chefe da SAE, Moreira Franco, já havia tentado encorpar sua secretaria trocando o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann. Embora o Ipea pertença à estrutura de Moreira Franco, Pochmann está no cargo desde o governo Lula, é ligado ao PT e age com independência. Quando percebeu os planos de Moreira, em notícias de jornais, Dilma mandou um recado ao ministro: Pochmann ficaria onde está.


Fotos: Agência Brasil

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