Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O AMBIENTE NA POLÍCIA MILITAR PERMITE O DESENVOLVIMENTO DE UM COMPANHEIRISMO ENTRE OS POLICIAIS MILITARES?

companheiroConversando, recentemente, com um amigo, sobre o verdadeiro significado da palavra companheiro, este resumiu o seu entendimento através da seguinte frase:“Companheiro é aquele que come do mesmo pão”, para, em seguida, observar: e, só quem divide do mesmo pão, sabe o significado real da palavra companheiro.
Esta conversa levou-me as seguintes reflexões: Existe um companheirismo efetivo entre os policiais militares? Todos comem, realmente, do mesmo pão? Os militares que trabalham na execução do policiamento recebem a compreensão e apoio de seus companheiros que trabalham nas funções gerenciais, em relação à complexidade de seu trabalho, principalmente, em eventuais erros não intencionais? No exercício do poder disciplinar, principalmente, nas movimentações que signifiquem mudança de município, alguém se preocupa com os efeitos destas mudanças junto à esposa e filhos do militar? O processo de promoções por merecimento fortalece o companheirismo e a camaradagem na Polícia Militar?
Depois de muito refletir, chequei a uma conclusão: É preciso criar uma consciência entre os militares sobre a necessidade de implementar reformas estruturais significativas, que efetivamente, venham a contribuir para o fortalecimento da profissão e do companheirismo na Polícia Militar, pois, com o atual sistema de carreira, de promoções e de movimentações, o companheirismo na Corporação, existe somente nos discursos, e , principalmente entre os militares de menor hierarquia, que verdadeiramente comem do mesmo pão, sofrendo, com salários minguados, agruras do trabalho policial e da incompreensão dos burocratas.
Neste sentido, o Estado foi muito estratégico, quando, para dividir e enfraquecer a classe, criou um sistema de remuneração, que concede vantagens e benefícios, periodicamente, ou seja, a cada cinco anos, pois se todos recebessem o mesmo salário para o mesmo cargo, comeriam do mesmo pão e seriam companheiros de verdade. Reside neste ponto, a verdadeira razão, pela qual o Estado, resiste em implantar o subsídio (parcela única de remuneração para o cargo) para os policiais, vez que nenhum governante, quer uma polícia unida e forte.
 
Domingos Sávio de Mendonça
Assessor Jurídico da Ascobom
OAB/MG

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