O que falta as assembléias salariais dos militares de Minas Gerais

Foi surpresa ver as associações militares mineiras reunidas, com o apoio daquele que sinceramente não acreditava que seria capaz de se unir e engrossar o movimento: deputado estadual sargento Rodrigues (Nota do blog: prova de que a pressão democrática e o poder são irmãos gemêos). Em termos de mobilização, a tropa mostrou a sua força, seu empenho e disposição.     

Se fizermos uma analogia do termo assembléia usado no meio sindical e daquele que vimos no último dia 13 de abril, veremos uma grande diferença, pois no nosso meio, se pegarmos o sentido literal, conforme o dicionário, assembléia significa aglomerado de pessoas. Já no meio sindical o termo assembléia significaria referendo ou plebiscito. A categoria não teve a oportunidade de se expressar, muito menos foi consultada sobre os rumos que o movimento deveria tomar.

Não queremos viver a utopia que foi o movimento da pec 300, onde a categoria fez várias viagens até Brasília, inclusive a maior caravana foi a de Minas Gerais. Ao mesmo tempo em que não podemos nos precipitar, também não podemos nos deslocar de tão longe distância para apenas assistirmos os discursos de nossas lideranças. Precisamos que a tropa seja questionada sobre quais os rumos a categoria pretende desdobrar. Além de muito dispendioso, cansativo e frustrante não vermos uma comissão negociando com o governo.

Os bombeiros do Rio dão exemplo, ao se aquartelarem inclusive.                                       As nossas lideranças estão de parabéns, porém, infelizmente com o PSDB (Pior Salário do Brasil), eles não entendem muito o diálogo...                                                Torçamos para os nossos líderes engrossarem a voz, pois a categoria já disse ao que veio...falta o governo cumprir o que prometeu: deixar os militares de Minas entre os três maiores salários do país.                                                                                                        Um dia seguinte as manifestações dos policiais e bombeiros na Capital, o governador fez um vídeo afirmando que dera nos últimos anos aumentos significativos de mais de cem por cento. Aí está a diferença, pois o saudoso e honrado ex-governador Itamar Franco deu 102% em quatro anos.

Não queremos baderna, mas, desfilar pelas ruas de BH...é muito pouco para esse governo que tem como marca registrada na história a greve da PM de Minas, culminando na morte no nosso verdadeiro herói, esquecido, Cabo Valério. Será que precisaremos de outros Valérios para conseguirmos a tão sonhada dignidade salarial?

 

Autor: Anastácio/blog No Q A P

 

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