Passaram-se 13 anos desde a apresentação do relatório "Guatemala: Nunca Mais”, que mostra alarmantes cifras, planos e nomes das pessoas envolvidas nos massacres que aconteceram durante o conflito armado interno. Esse documento foi apresentado por Dom Juan José Gerardi Conedera, assassinado na casa paroquial da Igreja San Sebastián, no dia 26 de abril de 1998, dois dias após tê-lo divulgado.
A reportagem é de Douglas Cuevas, da Federación Guatemalteca de Escuelas Radiofónicas – FGER, e reproduzida por Adital, 25-04-2011.
Atualmente, o Escritório de Direitos Humanos do Arcebispado da Guatemala (Odhag) e demais instâncias sociais e católicas preparam uma série de atividades para celebrar o 13º aniversário da morte de Dom Gerardi. Estas atividades acontecerão também no marco das "primeiras jornadas teológicas, centro-americanas e caribenhas” realizadas na Guatemala.
As atividades em honra a Dom Gerardi, segundo informa Mayra Rodríguez, do Conselho Ecumênico Cristão da Guatemala, serão atos que demandam a participação da cidadania guatemalteca, a quem faz um cordial convite, para "que se some a esta comemoração sobre o legado de Dom Gerardi, por uma Guatemala distinta”, pensamento que o religioso partilhou ao longo de sua carreira.
No dia 26 de abril, na 6ta calle 7-70 zona 1, na capital Ciudad Guatemala, será realizada uma visita à cripta onde descansam os restos de Dom Gerardi. Às 14h30 horas será a inauguração das jornadas "Retrato de Dom Gerardi”. Às 17h00 horas será realizada uma Eucaristia presidida por Dom Óscar Julio Vián Morales, na Catedral Metropolitana, de onde sairá uma caminhada até a Igreja de San Sebastián; finalizando com a apresentação do filme "Gerardi”, no átrio da igrejas, às 19:00 horas.
Ao divulgar as atividades, o porta-voz de Odhag, Nery Rodenas, explica que "é a promotoria especial encarregada do caso, atualmente integrada por Jorge García, fiscal especial, quem está dando seguimento ao processo de investigação, contando com o apoio da equipe legal do Arcebispado da Guatemala”, com 13 pessoas vinculadas ao processo legal até o momento.
Rodenas explica que a investigação continua avançando em 75%; porém por ser um processo legal e investigativo, os grandes detalhes não podem ser revelados. No documento "Guatemala: Nunca Mais”, dentre os massacres lá detalhados e que aconteceram por ocasião do conflito armado interno, 93% são atribuídos ao Estado central e a altos mandos do exército daquela época. Produto desse relatório são 6 os processos de investigação ativos por casos de genocídio na Guatemala.
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