Uma carreata acompanha na tarde deste domingo o 2º sargento do Corpo de Bombeiros do Rio, Paulo Edson de Campos do Nascimento, a caminho de seu quartel, em Nova Iguaçu (Baixada fluminense), onde vai se apresentar e ser detido.
Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por ter aderido à greve deflagrada por bombeiros e policiais na quinta-feira (9).
Ao menos dez carros de amigos do sargento o acompanham pela avenida Presidente Dutra, principal acesso do Rio à Baixada fluminense.
O militar conversou com a Folha por telefone e disse estar calmo. "Tenho minha consciência tranquila, por isso estou sereno. Isso que estão fazendo é uma arbitrariedade", disse.
As pessoas que acompanham o 2º sargento participaram pela manhã, em Copacabana (zona sul), de um protesto contra as prisões de bombeiros e policiais.
O protesto reuniu cerca de 200 pessoas em frente a um hotel. Uma assembleia para decidir os rumos da greve estava marcada para hoje, após a manifestação, mas foi adiada para amanhã.
Paulo Edson disse ainda que será tocado o hino nacional antes de ele entrar no quartel para se apresentar. O militar está na companhia da esposa e de dois filhos, de 3 e 6 anos.
O 2° sargento trabalha há 21 anos na corporação e atua no Grupamento de Socorro de Emergência.
PRESSÃO
O Sindpol, um dos sindicatos da Polícia Civil do Rio, anunciou na noite deste sábado (11) que suspendeu sua participação na greve. Francisco Chao, diretor do Sindpol, alegou que bombeiros estariam atuando fora do combinado, ao abandonarem postos de guarda-vidas na orla, deixando desguarnecida a população.
As outras entidades que representam os policiais e bombeiros, porém, mantiveram a greve.
Ontem, o governo do Estado aumentou a pressão sobre os grevistas. O comando do Corpo de Bombeiros anunciou que foi decretada a prisão de 11 líderes do movimento, sob as acusações de motim e incitação a ato ilegal.
Dos 11, 8 haviam sido presos até o início da noite e levados para o presídio de Bangu 1 (zona oeste), onde também está o cabo dos bombeiros Benevenuto Daciolo, detido na quarta-feira, quando voltava de Salvador.
Daciolo foi flagrado em escutas autorizadas pela Justiça falando sobre uma possível greve geral e que por isso não haveria Carnaval no Rio e na Bahia.
Além disso, 162 bombeiros foram postos em prisão administrativa e responderão a processos disciplinares --incluindo 123 indiciados na sexta-feira e 39 guardas-vidas quefaltaram ao serviço no Grupamento Marítimo (GMar) da Barra da Tijuca (zona oeste).
Na sexta-feira, a Polícia Militar já havia anunciado a prisão de 17 PMs líderes da greve na corporação --11 com mandados expedidos pela Justiça e 6 detidos em flagrante. Outros 129 PMs do Batalhão de Volta Redonda (sul fluminense) foram indiciados em inquérito policial militar.
A paralisação foi decidida na noite de quinta-feira, quando as três corporações rejeitaram o reajuste aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado.
Com o aumento, o salário base de um soldado da PM e dos Bombeiros passou de R$ 1.277 para R$ 1.699. As categorias reivindicam piso de R$ 3.500.
Fonte: Folha.com
Bombeiros, policias e familiares fazem protesto em Copacabana, na zona sul do Rio, contra prisões de líderes |
Ao menos dez carros de amigos do sargento o acompanham pela avenida Presidente Dutra, principal acesso do Rio à Baixada fluminense.
O militar conversou com a Folha por telefone e disse estar calmo. "Tenho minha consciência tranquila, por isso estou sereno. Isso que estão fazendo é uma arbitrariedade", disse.
As pessoas que acompanham o 2º sargento participaram pela manhã, em Copacabana (zona sul), de um protesto contra as prisões de bombeiros e policiais.
O protesto reuniu cerca de 200 pessoas em frente a um hotel. Uma assembleia para decidir os rumos da greve estava marcada para hoje, após a manifestação, mas foi adiada para amanhã.
Paulo Edson disse ainda que será tocado o hino nacional antes de ele entrar no quartel para se apresentar. O militar está na companhia da esposa e de dois filhos, de 3 e 6 anos.
O 2° sargento trabalha há 21 anos na corporação e atua no Grupamento de Socorro de Emergência.
PRESSÃO
O Sindpol, um dos sindicatos da Polícia Civil do Rio, anunciou na noite deste sábado (11) que suspendeu sua participação na greve. Francisco Chao, diretor do Sindpol, alegou que bombeiros estariam atuando fora do combinado, ao abandonarem postos de guarda-vidas na orla, deixando desguarnecida a população.
As outras entidades que representam os policiais e bombeiros, porém, mantiveram a greve.
Ontem, o governo do Estado aumentou a pressão sobre os grevistas. O comando do Corpo de Bombeiros anunciou que foi decretada a prisão de 11 líderes do movimento, sob as acusações de motim e incitação a ato ilegal.
Dos 11, 8 haviam sido presos até o início da noite e levados para o presídio de Bangu 1 (zona oeste), onde também está o cabo dos bombeiros Benevenuto Daciolo, detido na quarta-feira, quando voltava de Salvador.
Daciolo foi flagrado em escutas autorizadas pela Justiça falando sobre uma possível greve geral e que por isso não haveria Carnaval no Rio e na Bahia.
Além disso, 162 bombeiros foram postos em prisão administrativa e responderão a processos disciplinares --incluindo 123 indiciados na sexta-feira e 39 guardas-vidas quefaltaram ao serviço no Grupamento Marítimo (GMar) da Barra da Tijuca (zona oeste).
Na sexta-feira, a Polícia Militar já havia anunciado a prisão de 17 PMs líderes da greve na corporação --11 com mandados expedidos pela Justiça e 6 detidos em flagrante. Outros 129 PMs do Batalhão de Volta Redonda (sul fluminense) foram indiciados em inquérito policial militar.
A paralisação foi decidida na noite de quinta-feira, quando as três corporações rejeitaram o reajuste aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado.
Com o aumento, o salário base de um soldado da PM e dos Bombeiros passou de R$ 1.277 para R$ 1.699. As categorias reivindicam piso de R$ 3.500.
Fonte: Folha.com
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