Por Altamiro Borges
Em assembléia encerrada hoje à noite (11), os polícias militares da Bahia decidiram retornar ao trabalho, após 11 dias de greve que abalaram o estado e geraram fortes tensões políticas. Segundo a Agência Estado, “o governo aceitou o pagamento imediato da Gratificação de Atividade Policial IV, antes programada para novembro”. Já a GAP-V será paga em março de 2013.
Os policiais também conquistaram reajuste de 6,5%, retroativos a janeiro deste ano. Segundo os órgãos do governo estadual, nos últimos anos a categoria obteve ganho real, acima da inflação, de cerca de 30%. Quanto à anistia dos grevistas, “a categoria decidiu abrir mão da revogação das prisões dos lideres, entre eles o ex-soldado Marco Prisco”, informa a Agência Estado.
Decisão não elimina os problemas
Com o fim da greve, o comando da PM garantiu o policiamento para o Carnaval de Salvador, que estava sob forte ameaça. Mais de 15 mil policiais estarão nas ruas nos dias da folia. O Carnaval ainda poderá contar com a presença dos soldados do Exército, caso a presidenta Dilma Rousseff julgue necessário para garantir a segurança dos foliões.
A conclusão da greve na Bahia e seu aparente esvaziamento no Rio de Janeiro, porém, não encerram os problemas. Prossegue o impasse sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC-300), que garante o piso salarial unificado em todo o país. Também há problemas relacionados à modernização e à integração das forças policiais e aos recursos dos estados para investir no setor.
Direito de greve e vandalismo
Além disso, há o polêmico debate sobre a paralisação dos contingentes armados, com a retomada da cruzada da direita nativa para proibir as greves nos chamados “serviços essenciais” – que não são considerados “essenciais” nos quesitos salário e condições de trabalho. A pressão da mídia patronal para que o governo Dilma Rousseff apresente um projeto retrógrado, anti-sindical, é violenta.
Por fim, no caso da Bahia, será preciso investigar com rigor as denúncias sobre atos de vandalismo praticados durante a greve, que prejudicam a própria luta da categoria por suas justas reivindicações. Há informações preocupantes sobre chacinas de mendigos patrocinadas por policiais para criar o clima de terror na cidade. Se confirmadas, os “policiais-bandidos”, segundo a dura expressão do governo Jaques Wagner, devem ser duramente punidos, até como lição democrática para futuros e inevitáveis embates.
Em assembléia encerrada hoje à noite (11), os polícias militares da Bahia decidiram retornar ao trabalho, após 11 dias de greve que abalaram o estado e geraram fortes tensões políticas. Segundo a Agência Estado, “o governo aceitou o pagamento imediato da Gratificação de Atividade Policial IV, antes programada para novembro”. Já a GAP-V será paga em março de 2013.
Os policiais também conquistaram reajuste de 6,5%, retroativos a janeiro deste ano. Segundo os órgãos do governo estadual, nos últimos anos a categoria obteve ganho real, acima da inflação, de cerca de 30%. Quanto à anistia dos grevistas, “a categoria decidiu abrir mão da revogação das prisões dos lideres, entre eles o ex-soldado Marco Prisco”, informa a Agência Estado.
Decisão não elimina os problemas
Com o fim da greve, o comando da PM garantiu o policiamento para o Carnaval de Salvador, que estava sob forte ameaça. Mais de 15 mil policiais estarão nas ruas nos dias da folia. O Carnaval ainda poderá contar com a presença dos soldados do Exército, caso a presidenta Dilma Rousseff julgue necessário para garantir a segurança dos foliões.
A conclusão da greve na Bahia e seu aparente esvaziamento no Rio de Janeiro, porém, não encerram os problemas. Prossegue o impasse sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC-300), que garante o piso salarial unificado em todo o país. Também há problemas relacionados à modernização e à integração das forças policiais e aos recursos dos estados para investir no setor.
Direito de greve e vandalismo
Além disso, há o polêmico debate sobre a paralisação dos contingentes armados, com a retomada da cruzada da direita nativa para proibir as greves nos chamados “serviços essenciais” – que não são considerados “essenciais” nos quesitos salário e condições de trabalho. A pressão da mídia patronal para que o governo Dilma Rousseff apresente um projeto retrógrado, anti-sindical, é violenta.
Por fim, no caso da Bahia, será preciso investigar com rigor as denúncias sobre atos de vandalismo praticados durante a greve, que prejudicam a própria luta da categoria por suas justas reivindicações. Há informações preocupantes sobre chacinas de mendigos patrocinadas por policiais para criar o clima de terror na cidade. Se confirmadas, os “policiais-bandidos”, segundo a dura expressão do governo Jaques Wagner, devem ser duramente punidos, até como lição democrática para futuros e inevitáveis embates.
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