O advogado da soldado Jeane Barbosa de Sousa, presa desde quarta-feira por organizar uma invasão ao Batalhão de Polícia de Guardas (BPGD) de Salvador em mensagens de celular ao ex-policial militar Marco Prisco, disse nesta terça-feira que sua cliente trata problemas psiquiátricos desde 2009.
De acordo com Fabiano Samartin, "a policial sofre de transtornos psiquiátricos desde 2009 e vem sendo acompanhada pelo Centro de Informações Antiveneno da Bahia (Ciave), núcleo especializado de prevenção ao suicídio do Hospital Roberto Santos". Joseane Sousa, irmã da soldado, afirma que, "apesar de nunca termos flagrado alguma tentativa (de suicídio), ela (Jeane) já disse várias vezes que se mataria".
O advogado sustenta que no último dia 6, o "mais tenso" da greve dos militares, devido à chegada das forças federais, "a equipe médica determinou o afastamento imediato de Jeane do trabalho, sob o quadro de episódio depressivo grave e fibromialgia". Samartin ainda considera que, encaminhada a atendimento psicológico, o estado de saúde de Jeane se agravou após o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), "ter chamado os policiais de bandidos".
Na última quarta-feira, a Justiça decretou a prisão provisória de Jeane, que está detida no 12º Batalhão da PM, em Camaçari (Grande Salvador). Ela havia informado a Prisco, por meio de torpedos SMS, que a tomada do batalhão seria facilitada pelo acesso a uma guarita na avenida Gal Costa.
A assessoria de comunicação da Polícia Militar diz desconhecer o diagnóstico de depressão grave e fibromialgia de Jeane, que resultou no afastamento da PM por sete dias, solicitado pelo psiquiatra André Caribé. A corporação ainda afirma que exames como esses não são rotineiros, só sendo realizados por interesse do policial. O Serviço de Valorização Profissional (Sevap) - que integra o setor em que Jeane trabalhava, no Batalhão de Guardas - informou que a soldado nunca passou por tratamento enquanto esteve na PM.
A greve
A greve dos policiais militares da Bahia teve início na noite de 31 de janeiro, quando os grevistas acamparam em frente à Assembleia Legislativa em Salvador e posteriormente ocuparam o prédio. Cerca de 10 mil PMs, de um contingente de 32 mil homens, aderiram ao movimento. A paralisação provocou uma onda de violência na capital e região metropolitana, dobrando o número de homicídios em comparação ao mesmo período do ano passado. Além de provocar o cancelamento de shows e eventos, a ausência de policiamento nas ruas também motivou saques e arrombamentos. Centenas de carros foram roubados e dezenas de lojas destruídas.
A paralisação, que terminou 12 dias depois, servia para reivindicar a criação de um plano de carreira para a categoria, além do pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo, anistia, revisão do valor do auxílio-alimentação e melhores condições de trabalho, entre outros pontos.
O Executivo estadual solicitou o apoio do governo federal para reforçar a segurança. Cerca de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança foram enviados a Salvador. Dois dias após o início da greve, a Justiça baiana concedeu uma liminar decretando sua ilegalidade e determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) suspendesse o movimento. Doze mandados de prisão contra líderes grevistas foram expedidos, sendo que quatro foram cumpridos.
Em 9 de fevereiro, Marco Prisco, um dos líderes do movimento grevista, foi um dos presos, após a desocupação do prédio da Assembleia. A decisão ocorreu um dia depois da divulgação de gravações telefônicas que mostravam chefes da paralisação planejando ações de vandalismo na capital baiana. Um dos trechos mostrava Prisco ordenando a um homem que ele bloqueasse uma rodovia federal.
De acordo com Fabiano Samartin, "a policial sofre de transtornos psiquiátricos desde 2009 e vem sendo acompanhada pelo Centro de Informações Antiveneno da Bahia (Ciave), núcleo especializado de prevenção ao suicídio do Hospital Roberto Santos". Joseane Sousa, irmã da soldado, afirma que, "apesar de nunca termos flagrado alguma tentativa (de suicídio), ela (Jeane) já disse várias vezes que se mataria".
O advogado sustenta que no último dia 6, o "mais tenso" da greve dos militares, devido à chegada das forças federais, "a equipe médica determinou o afastamento imediato de Jeane do trabalho, sob o quadro de episódio depressivo grave e fibromialgia". Samartin ainda considera que, encaminhada a atendimento psicológico, o estado de saúde de Jeane se agravou após o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), "ter chamado os policiais de bandidos".
Na última quarta-feira, a Justiça decretou a prisão provisória de Jeane, que está detida no 12º Batalhão da PM, em Camaçari (Grande Salvador). Ela havia informado a Prisco, por meio de torpedos SMS, que a tomada do batalhão seria facilitada pelo acesso a uma guarita na avenida Gal Costa.
A assessoria de comunicação da Polícia Militar diz desconhecer o diagnóstico de depressão grave e fibromialgia de Jeane, que resultou no afastamento da PM por sete dias, solicitado pelo psiquiatra André Caribé. A corporação ainda afirma que exames como esses não são rotineiros, só sendo realizados por interesse do policial. O Serviço de Valorização Profissional (Sevap) - que integra o setor em que Jeane trabalhava, no Batalhão de Guardas - informou que a soldado nunca passou por tratamento enquanto esteve na PM.
A greve
A greve dos policiais militares da Bahia teve início na noite de 31 de janeiro, quando os grevistas acamparam em frente à Assembleia Legislativa em Salvador e posteriormente ocuparam o prédio. Cerca de 10 mil PMs, de um contingente de 32 mil homens, aderiram ao movimento. A paralisação provocou uma onda de violência na capital e região metropolitana, dobrando o número de homicídios em comparação ao mesmo período do ano passado. Além de provocar o cancelamento de shows e eventos, a ausência de policiamento nas ruas também motivou saques e arrombamentos. Centenas de carros foram roubados e dezenas de lojas destruídas.
A paralisação, que terminou 12 dias depois, servia para reivindicar a criação de um plano de carreira para a categoria, além do pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo, anistia, revisão do valor do auxílio-alimentação e melhores condições de trabalho, entre outros pontos.
O Executivo estadual solicitou o apoio do governo federal para reforçar a segurança. Cerca de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança foram enviados a Salvador. Dois dias após o início da greve, a Justiça baiana concedeu uma liminar decretando sua ilegalidade e determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) suspendesse o movimento. Doze mandados de prisão contra líderes grevistas foram expedidos, sendo que quatro foram cumpridos.
Em 9 de fevereiro, Marco Prisco, um dos líderes do movimento grevista, foi um dos presos, após a desocupação do prédio da Assembleia. A decisão ocorreu um dia depois da divulgação de gravações telefônicas que mostravam chefes da paralisação planejando ações de vandalismo na capital baiana. Um dos trechos mostrava Prisco ordenando a um homem que ele bloqueasse uma rodovia federal.
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