Os praças (policiais de patentes mais baixas) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e do Corpo de Bombeiros do DF (CBDF) aprovaram na noite desta quarta-feira (15/2) o início de uma operação padrão (tartaruga) e de estado de greve desde o início da madrugada de quinta-feira (16/2). A decisão foi tomada em assembleia geral dos policiais na Praça do Relógio, em Taguatinga, onde estiveram presentes cerca de 10 mil militares, conforme estimativas da própria PM.
Os militares cobram, entre outros pontos, reestruturação da carreira e equiparação salarial com a Polícia Civil. As principais medidas anunciadas são cobrar a presença de uma viatura da Polícia Civil no local do crime de cada ocorrência atendida e fazer com que os carros da PM só se desloquem conforme a velocidade permitida na via (independente da gravidade da ocorrência). Além disso, todas as autuações de trânsito que eram feitas pelos militares estão suspensas.
O estado de greve é a exigência legal antes do indicativo de greve em si para categorias que têm garantia desse tipo de movimento. O problema é que a Constituição Federal veda que as forças de segurança façam ações grevistas. “Se eu falar que é legal constitucionalmente, não é. Mas a Constituição não veda nosso direito de reivindicar. Estamos procurando os caminhos legais. Não posso falar em greve”, explicou o soldado João de Deus, presidente da Associação dos Praças Policiais Militares do DF (Aspra).
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