Depois de viver quase uma semana de angústia, acorrentar o filho novamente ao pé da cama foi a alternativa mais imediata que a auxiliar de cozinha Silvana de Jesus Lopes, 31, encontrou para tentar afastar o jovem, de apenas 10 anos, das drogas. Viciado em tíner e maconha há três anos, o menor reapareceu em casa na última segunda-feira, depois de fugir de mais um abrigo e passar seis dias vagando pelas ruas da capital. O jovem já havia sido acorrentado pela mãe no início do mês, quando começou a cometer furtos no bairro Lindeia, na região do Barreiro, para sustentar o vício.
Mesmo correndo o risco de ser presa sob a acusação de cárcere privado, Silvana preferiu usar as correntes outra vez. Segundo ela, o filho foi expulso de quatro escolas publicas por mau comportamento e fugiu de 13 abrigos. "Eu sou recriminada por fazer isso, mas ele não aceita o abrigo. Quando saio de casa, preciso acorrentá-lo, senão ele foge e compra drogas", disse.
No último dia 6, o Conselho Tutelar recolheu as correntes da casa da auxiliar de cozinha e levou a criança para o abrigo Lar Antônio Tereza, na região da Pampulha. Ele foi devolvido pela direção do local quatro dias depois por mau comportamento. O jovem ainda chegou a passar pelo abrigo Ação Social Obreiras Mirins, no bairro Salgado Filho, mas fugiu no dia 22. Ele só reapareceu em casa por volta de 0h40 de segunda-feira, dia 28, visivelmente mais magro, com o cabelo tingido de loiro e aparentando fraqueza. Segundo Silvana, o filho disse que dormia na rua.
Para a conselheira Maria da Conceição de Sousa, que acompanha a família, o menor não aparenta ser viciado em drogas. Apesar disso, o Conselho Tutelar está disposto a encaminhá-lo para uma clínica de recuperação de dependentes químicos, se for este o caso. "Acredito que os abrigos que ele passou tenham tido falhas para ele não ter ficado. Mas a mãe não procura outra alternativa. Acorrentar é crime. Não vamos permitir isso", informou.
Mesmo correndo o risco de ser presa sob a acusação de cárcere privado, Silvana preferiu usar as correntes outra vez. Segundo ela, o filho foi expulso de quatro escolas publicas por mau comportamento e fugiu de 13 abrigos. "Eu sou recriminada por fazer isso, mas ele não aceita o abrigo. Quando saio de casa, preciso acorrentá-lo, senão ele foge e compra drogas", disse.
No último dia 6, o Conselho Tutelar recolheu as correntes da casa da auxiliar de cozinha e levou a criança para o abrigo Lar Antônio Tereza, na região da Pampulha. Ele foi devolvido pela direção do local quatro dias depois por mau comportamento. O jovem ainda chegou a passar pelo abrigo Ação Social Obreiras Mirins, no bairro Salgado Filho, mas fugiu no dia 22. Ele só reapareceu em casa por volta de 0h40 de segunda-feira, dia 28, visivelmente mais magro, com o cabelo tingido de loiro e aparentando fraqueza. Segundo Silvana, o filho disse que dormia na rua.
Para a conselheira Maria da Conceição de Sousa, que acompanha a família, o menor não aparenta ser viciado em drogas. Apesar disso, o Conselho Tutelar está disposto a encaminhá-lo para uma clínica de recuperação de dependentes químicos, se for este o caso. "Acredito que os abrigos que ele passou tenham tido falhas para ele não ter ficado. Mas a mãe não procura outra alternativa. Acorrentar é crime. Não vamos permitir isso", informou.
Minientrevista
"Acorrentado, eu sei que ele não vai se drogar"
Silvana Lopes
Mãe da criança
Mãe da criança
Como foi para a senhora saber que seu filho estava desaparecido? Foi horrível, fiquei maluca. Ele apareceu aqui sujo, fraco. Aí, eu pensei: que proteção é essa do Conselho Tutelar que deixa meu filho fugir?
A senhora acha que acorrentar seu filho é a melhor solução?
Hoje em dia é, porque ele foge de todos os abrigos. Meu método é melhor do que o do Conselho Tutelar. Acorrentado, eu sei que ele não vai se drogar.
A senhora tem medo de ser presa ou sofrer punições da Justiça por acorrentar seu filho ?
Medo eu tenho, mas eu trabalho das 17h às 6h, e ninguém pode olhar meu filho pra mim nesse horário. Eu vou fazer o que?
A senhora acha que acorrentar seu filho é a melhor solução?
Hoje em dia é, porque ele foge de todos os abrigos. Meu método é melhor do que o do Conselho Tutelar. Acorrentado, eu sei que ele não vai se drogar.
A senhora tem medo de ser presa ou sofrer punições da Justiça por acorrentar seu filho ?
Medo eu tenho, mas eu trabalho das 17h às 6h, e ninguém pode olhar meu filho pra mim nesse horário. Eu vou fazer o que?
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