A mesma corregedoria que instaurou inúmeros processos contra o Delegado Conde Guerra, e contra vários policiais, a mesma Corregedoria que desnudou e submeteu uma escrivã a nudez e tortura psicológica é a mesma corregedoria que quando alertada que Policiais do DENARC estavam supostamente envolvidos com traficantes nada fez.
Causa-me estarrecimento se verdade for e prefiro acreditar que seja um erro a informação de que os referidos policiais haviam desviado três toneladas, ou seja, três mil quilos de cocaína.
Chega a ser tão absurdo , que fere a inteligência do homem médio, que policiais tenham desviados tal quantidade de entorpecentes e tenha passado despercebido ao Diretor, a seus assistentes, aos divisionários e aos titulares de Delegacia tal fato.
Mais grave ainda foi a omissão da Corregedoria que informada, nada fez.
Não era essa Corregedoria dirigida pelo Delegado Délio Montresor e subordinada ao gabinete do Secretário que se jactava de não perdoar a nada e nem a ninguém.
Não foi essa mesma Corregedoria que instaurou procedimento para apurar suposto crime contra a honra praticada pelo Delegado Conde Guerra quando era público e notório que a notícia tinha sido dada pela Rede Globo.
Não foi essa mesma Corregedoria que levou policiais a se suicidarem por não aguentarem mais a pressão.
Alguma coisa há que mudar.
Não é mais possível convivermos com um departamento que somente instaura e pune aqueles que escolhe; sem se preocupar com a realidade dos fatos ou pelo menos em fazer parecer que age buscando a verdade real ou mesmo que seja um arremedo de justiça.
Por outro lado informou-me um policial federal que é mentira que a operação que culminou com a prisão de policiais civis tenha sido feita juntamente com a Polícia Civil; esta só soube das prisões depois de terem sido efetuadas.
É possível embora não seja crível que a corregedoria não soubesse que um dos policiais foi proprietário de uma boate bem em frente aquela casa censora e já havia sido investigado, provavelmente somente a Corregedoria não lembra disso.
Comenta-se também que o número de interceptações telefônicas feitas agora pela corregedoria subiu assustadoramente, será que seu diretor sabe disso ou isso está sendo feito a sua revelia. Por outro lado é extremamente deselegante e antiético um delegado corregedor pedir ao Dr. Domingos que está diretor do DECAP a cabeça de um titular de Distrito porque entendeu não ter sido bem recebido e para que não haja desculpas o titular era o Dr. Kasseb titular do 77º DP que foi jogado no DENARC, quem puder ou quiser que me desminta e já deixo claro que não tenho nenhuma relação de amizade com o Dr. Kasseb.
Dr. Blazeck vou lhe contar uma história que o senhor já deve conhecer, mas para bom entendedor meia palavra basta: " Nos anos 70 era presidente do Chile o senhor Salvador Allende. Em dado momento o presidente aceitou a renúncia de seu chefe do exército General Carlos Pratts e atendendo a pedidos nomeou Augusto José Ramón PInochet Ugarte que depois de duas semanas o derrubou e o levou ao suicídio, não contente mandou também assassinar ao General Pratts."
Ainda existe a justiça poética, o General Pinochet nomeou como chefe da polícia secreta conhecida pelo nome de DINA, o Coronel Manuel Contreras que passado algum tempo quando processado teve como primeira atitude dizer que todas as atrocidades que havia cometido fora a mando do Presidente ditador."
Esta na hora do senhor Delegado Geral dizer a que veio à população e os próprios policiais civis não aguentam mais a maneira como as coisas estão ocorrendo, não sei se é verdade ou mentira, prefiro acreditar que seja mentira, mas comenta-se que mesmo para nomeação de um titular de distrito é necessário "Nihil obstat" do secretário para depois se dar o " imprimatur" no diário oficial.
Gostaria de lembrar-lhe senhor delegado geral, que nossa constituição é absolutamente clara não dando margem a interpretações. Em seu artigo 144, parágrafo 4º que diz de forma taxativa que as polícias civis serão dirigidas por um Delegado de Polícia de carreira, pois o secretário de segurança pública é cargo eminentemente político.
João Alkimin é radialista – http://www.showtimeradio.com.br/
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