A retomada da avaliação de desempenho das unidades policiais, com recompensas para aquelas com melhores resultados, faz renascer medidas aplicadas anteriormente e que não deram certo, vez que estimulavam várias práticas que dissimulavam ou maquiavam o que efetivamente acorria.O serviço público tem que ser prestado com eficiência. Premiar o que é obrigação da administração? Como estabelecer um critério justo para avaliar as unidades, mesmo em se tratando de comparação da mesma área em momentos diferentes, se por conta de uma série de fatores, as áreas não são semelhantes? Sempre numa área acontecerá mais um determinado tipo de infração do que em outra
Não passa de perfumaria para um problema crônico que necessita ser atacado em diversas frentes, que vai desde mudanças na atuação operacional até a valorização da dignidade da pessoa humana do policial, como integrante do corpo social, pai de família, titular não apenas de obrigações, mas também de direitos, entre os quais o de ser tratado com respeito e o de zelar pela sua família com dignidade, não deixando que falte o indispensável para o sustento, lazer e educação de seus filhos.
Se na Polícia Civil falta profissional para o recém nominado serviço de balcão, o que dizer para o detalhado, meticuloso e, por vezes, demorado serviço de investigação.
A população não confia na Polícia Militar porque não existe uma explicação razoável para a ocorrência de centenas de milhares de crimes graves, que poderiam ser evitados se houvesse um policiamento preventivo, razoavelmente, eficiente.
A população não confia na Polícia Civil porque as centenas de milhares de crimes que aconteceram, por falta de uma boa prevenção, jamais serão esclarecidos, por absoluta imprevidência do Estado, que sucateou a instituição, não aumentando e renovando seu efetivo, atuando no interior com funcionários emprestados das Prefeituras os quais não têm qualquer compromisso com a instituição.
Com relação às estatísticas recentemente divulgadas referentes a Jan/Fev 2013.
Inicialmente, sem a necessidade de ser consultor de segurança ou sociólogo, fazemos a seguinte ressalva: NO 1º SEMESTRE DE 2012, a exemplo do que esta acontecendo nesse 1º SEMESTRE DE 2013, não houve nenhuma situação anormal que impossibilitasse a comparação entre os períodos. O mesmo não se diga em relação ao 2º SEMESTRE DE 2012, quando ocorreu um verdadeiro banho de sangue, por conta da Violência Policial versus Violência Social. Se nenhuma anormalidade semelhante acontecer, a tendência é de que os homicídios comecem a diminuir por conta das comparações a partir de agosto do corrente ano.
– A quantidade de homicídios divulgada começa a se aproximar da realidade. Pode haver um ou outro caso pontual. É necessário fazer uma auditoria na série histórica desse crime desde quando passou a ser consolidado e divulgado por conta da certeza de que foi subestimado por anos em razão de parte dos casos ter sido distribuída em ocorrências não criminais como morte a esclarecer, encontro de cadáver, morte suspeita,etc.
– A quantidade de latrocínios também se aproxima da realidade.
– O roubo de veículos é maior que o divulgado.
Para o problema não resta outra solução senão a fiscalização rigorosa nos desmanches clandestinos ou não, a exemplo do que fez, pontualmente, o Comandante de Policiamento de Área de Guarulhos, onde pessoalmente, acompanhado de representante do Ministério Público local, fiscalizou os estabelecimentos. A Polícia Militar não tem poder de polícia administrativa, mas, se por acaso na fiscalização identificar a ocorrência de crime, apresentando o fato na delegacia e de posse das providências de polícia judiciária adotadas, pode postular junto a prefeitura local o cassação do alvará de funcionamento do estabelecimento por absoluto desvio de finalidade.
Afirmar que a solução é transformar em sucata os milhares de veículos que apodrecem nos pátios não é razoável, pois, há anos os pátios estão lotados e o roubo de veículo só aumenta. Chega a ser incompreensível a inércia do Poder Público, bastaria a iniciativa de se criar uma força tarefa com a polícia, secretaria da fazenda, perícia técnica e ministério público para enfrentamento do problema. Precisa ser dado um basta nas constantes visitas de viaturas policiais a esses estabelecimentos, tanto da polícia civil quanto da militar, para pegar peças de graça, quando não comparecem para pegar outra forma de propina.
Fonte: Jornal Flit paralisante
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