Vídeo mostra PM de suposto flagrante forjado recebendo voz de prisão.
Major Pinto também é acusado de jogar spray de pimenta em professores.
Relações-públicas da PM informou que o caso está sendo apurado.
Um dos policiais militares que aparecem nas imagens de uma suspeita de flagrante forjado durante uma manifestação no Centro do Rio e também jogando spray de pimenta em professores está em um outro vídeo que circula pela internet. O major Fabio Pinto, lotado no 5º BPM (Praça da Harmonia), aparece desta vez recebendo voz de prisão de uma estagiária de direito – segundo o Instituto de Direitos Humanos (IDH) –, por abuso de autoridade. (Confira o vídeo no Youtube).
Procurado pelo G1, o relações-públicas da Polícia Militar, tenente-coronel Cláudio Costa, informou ter conhecimento da existência do vídeo e afirmou que a corporação apura o caso.
Na quinta-feira (3), a corporação informou que o major Pinto e outros policiais envolvidos na denúncia do suposto flagrante forjado foram afastados dos protestos até que a sindicância que apura o caso seja concluída.
Discussão em manifestação
Nas imagens, postadas no dia 12 de setembro, o PM discute com a estagiária próximo à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro(Alerj), no Centro, e ameaça prendê-la por desacato à autoridade.
Ela questiona a atuação do PM em um protesto e o major afirma que ela deve se manifestar na delegacia. “O advogado não exerce o papel dele só na delegacia”, responde a mulher. Em seguida, o major grita: “Abaixa o dedo para falar comigo senão te prendo por desacato”.
Em seguida, a estagiária diz que está no exercício de sua função e dá voz de prisão ao major. “O senhor abaixa o dedo para falar comigo senão eu lhe dou voz de prisão por abuso de autoridade”, diz ela.
Suposto flagrante forjado
Imagens divulgadas na internet na quarta-feira (2) pelo jornal "O Globo" mostraram policiais militares abordando um grupo que participava de protesto na terça (1º), no Centro da cidade. Um rapaz, menor de idade, algemado e levado para a delegacia acusado de portar um rojão. Os manifestantes acusaram os PMs de forjar o flagrante. Entre os PMs, está o major Pinto.
Na 5ª DP (Gomes Freire), o registro de ocorrência informa que PMs encontraram morteiros na calçada, mas não atribui os artefatos a nenhum manifestante, segundo a Polícia Civil.
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