JUSTIÇA
‘Quarto poder' é uma expressão criada para qualificar, de modo livre, o poder das mídias em alusão aos outros três poderes típicos do Estado democrático. A expressão se refere à capacidade dos meios de comunicação de manipular a opinião pública.
O filme Mad City discute o poder dos medias sobre a opinião pública, mostrando a manipulação exercida pela mídia para favorecer os interesses de terceiros; a sua capacidade de construir e destruir mitos; a sede por notícias e por aquilo que se diz ‘notícia'. A obra analisa também o sensacionalismo e o circo construído sobre determinados fatos.
No Brasil, o poder da grande mídia tem sido objeto de reflexões. Um dado importante a ser destacado é que a mídia já não exerce mais a influência que exerceu em campanhas eleitorais no passado, determinando o curso da história. Lembremos, por exemplo, da edição fraudulenta do Jornal Nacional na eleição de Collor de Mello, em 1989. Numa sociedade que se democratiza a passos largos, o povo dá evidentes mostras de sua autonomia. Ela já não se deixa manipular facilmente, como nos tempos dos coronéis.
Nas eleições de 2012, um fato importante foi objeto de poucos comentários: os votos nulos, brancos e as abstenções somaram quase um quarto do eleitorado. Em certa medida, essa pauta é altamente negativa sobre a política capitaneada pela mídia. E se for somada à propaganda incisiva do Tribunal Superior Eleitoral e de entidades da sociedade civil sobre a importância de um "voto limpo", reúne elementos que corroboram o contingente de brasileiros desacreditados. Numa democracia representativa, cujo suporte principal se dá no processo eleitoral, isso é uma luz amarela que deve preocupar as lideranças da política institucional, a sociedade civil, os poderes constituídos e os próprios veículos de comunicação que se julgam democratas. A quem interessa a demonização da política?
Os países democráticos já conseguiram avançar em legislações de controle social da mídia. As poucas nações que não evoluíram buscam manter os privilégios dos grandes grupos econômicos dos meios de comunicação calcados em decisões do Poder Judiciário. Não é à toa que os togados representam, historicamente, o lado mais conservador da sociedade.
A grande mídia, aliada de primeira hora dos segmentos da direita enrustida e raivosa brasileira, não tolera que o ‘andar de baixo' amplie sua autonomia. Além de demonstrar independência nas últimas eleições municipais, o povo exibe a mesma autonomia em relação à formação da opinião pública. Em pesquisas recentes, o percentual dos que ‘confiam muito' na imprensa tem ficado na faixa dos 22%. Aos poucos, separa-se o joio do trigo: a opinião publicada não é a opinião pública. E com o advento das redes sociais, a pluralidade e a liberdade, enfim, começam a democratizar a informação no Brasil. ‘Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!'
O filme Mad City discute o poder dos medias sobre a opinião pública, mostrando a manipulação exercida pela mídia para favorecer os interesses de terceiros; a sua capacidade de construir e destruir mitos; a sede por notícias e por aquilo que se diz ‘notícia'. A obra analisa também o sensacionalismo e o circo construído sobre determinados fatos.
No Brasil, o poder da grande mídia tem sido objeto de reflexões. Um dado importante a ser destacado é que a mídia já não exerce mais a influência que exerceu em campanhas eleitorais no passado, determinando o curso da história. Lembremos, por exemplo, da edição fraudulenta do Jornal Nacional na eleição de Collor de Mello, em 1989. Numa sociedade que se democratiza a passos largos, o povo dá evidentes mostras de sua autonomia. Ela já não se deixa manipular facilmente, como nos tempos dos coronéis.
Nas eleições de 2012, um fato importante foi objeto de poucos comentários: os votos nulos, brancos e as abstenções somaram quase um quarto do eleitorado. Em certa medida, essa pauta é altamente negativa sobre a política capitaneada pela mídia. E se for somada à propaganda incisiva do Tribunal Superior Eleitoral e de entidades da sociedade civil sobre a importância de um "voto limpo", reúne elementos que corroboram o contingente de brasileiros desacreditados. Numa democracia representativa, cujo suporte principal se dá no processo eleitoral, isso é uma luz amarela que deve preocupar as lideranças da política institucional, a sociedade civil, os poderes constituídos e os próprios veículos de comunicação que se julgam democratas. A quem interessa a demonização da política?
Os países democráticos já conseguiram avançar em legislações de controle social da mídia. As poucas nações que não evoluíram buscam manter os privilégios dos grandes grupos econômicos dos meios de comunicação calcados em decisões do Poder Judiciário. Não é à toa que os togados representam, historicamente, o lado mais conservador da sociedade.
A grande mídia, aliada de primeira hora dos segmentos da direita enrustida e raivosa brasileira, não tolera que o ‘andar de baixo' amplie sua autonomia. Além de demonstrar independência nas últimas eleições municipais, o povo exibe a mesma autonomia em relação à formação da opinião pública. Em pesquisas recentes, o percentual dos que ‘confiam muito' na imprensa tem ficado na faixa dos 22%. Aos poucos, separa-se o joio do trigo: a opinião publicada não é a opinião pública. E com o advento das redes sociais, a pluralidade e a liberdade, enfim, começam a democratizar a informação no Brasil. ‘Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!'
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