POLÍCIA NÃO ENCONTRA IRREGULARIDADES
Abaixo-assinado foi protocolado no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) nesta terça-feira (4) por um grupo de candidatos
PUBLICADO EM 04/08/15 - 20h41
Um abaixo-assinado com quase 15 mil assinaturas, que pede a anulação do concurso público da Polícia Militar (PM), realizado no último domingo (2), foi protocolado nesta terça-feira (4) no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por um grupo de candidatos.
O documento alega que uma série de irregularidades foram constatadas pelos candidatos durante a realização da prova.
O texto afirma que o primeiro erro da corporação foi divulgar os locais de prova só no dia 28 de julho, quando estava especificado no edital que o prazo seria o dia 24.
Um dos candidatos, que preferiu o anonimato, levantou outra irregularidade. Ele contou que durante a aplicação do concurso, algumas pessoas utilizaram o telefone móvel dentro das salas. "Momentos antes da prova, foi explicado que o celular deveria estar desligado, mas não foi isso que aconteceu. Recebi essas fotos após sair da sala", afirmou.
Em conversa com a reportagem de O TEMPO, outro candidato, que também preferiu não ser identificado, denunciou que durante o teste algumas pessoas não tiveram acesso à folha de rascunho.
"Durante a aplicação das provas não foi fornecido a folha de rascunho para a redação. Entretanto, cada local de prova tomou um posicionamento mediante as solicitações dos candidatos. Alguns pediram pra usar o verso da Folha oficial de redação a lápis. Outros, autorizaram o uso da ficha de inscrição. Ou seja, feriram o princípio constitucional da isonomia, considerando que nem todos os candidatos tinham lápis ou a ficha de inscrição", alegou.
Uma candidata afirma ter saído da sala do concurso com um caderno azul, que seria o caderno de questões e que deveria ser entregue no fim do teste. No entanto, após levar o material para casa, ela entregou o caderno no MPMG junto com o abaixo-assinado.
A assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual informou que o documento foi protocolado e, em seguida, foi entregue para a Promotoria do Patrimônio Público. A expectativa é de que um promotor se posicione e tome à frente da denúncia até o próximo final da semana.
Em nota, a PM informou que "não foram encontradas, nem constatadas, nenhuma circunstância fática ou jurídica, capaz de ensejar a anulação ou a nulidade do Concurso de Soldado/2016".
Ainda segundo a corporação, "todas as reclamações de candidatos referentes a algum tipo de falha, que, porventura, eles tenham encontrado, podem ser formalizadas diretamente no Centro de Recrutamento e Seleção (CRS)".
Em relação a denúncia sobre o prazo de divulgação do local da prova, a corporação alegou que o edital previa que os endereços seriam divulgados a partir do dia 24.
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