SUBSÍDIO, NOVAMENTE NA PAUTA DE DISCUSSÕES DAS ENTIDADES DE CLASSE

  O subsídio, no nosso caso específico, pode ser compreendido como um auxílio dado pelo Governo para o exercício das nossas funções. Extinguem-se os termos piso salarial, soldo, salário base e passa a ser usada a denominação subsídio. É muito importante que todos nós, praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, fiquemos muito, mas muito atentos mesmo, à nova direção dada à "Campanha Salarial de 2011".

     Iniciaram a discussão em torno do subsídio como solução para o piso de R$ 4.000,00(quatro mil reais). Estão se esquecendo que o militar com mais de 20 anos de serviço já foi promovido a cabo e ganha esse valor – ou mais. A implantação do subsídio como forma de pagamento de classes minoritárias pode ser muito bom, mas para classes majoritárias, como a nossa, pode ser um verdadeiro desastre, caso não tomemos cuidados extremos.

     É preciso a realização de um estudo profundo, com a participação efetiva de todos os praças, antes de cogitar sua implantação. Não existem respostas fantásticas e planos mirabolantes para perguntas simples. E a pergunta é simples: "O Governo tem recurso financeiro para bancar um piso salarial de R$ 4.000,00(quatro mil reais)?" Caso a questão seja respondida com uma afirmativa positiva, não mais importa se o reajuste será obtido através da implantação do subsídio ou da adoção de um piso salarial.

 

      O que nós praças militares de Minas Gerais não podemos permitir, de maneira alguma, é que se altere o escalonamento salarial antes da implantação do subsídio. Porque se for alterado esse atrelamento salarial, com certeza os oficiais serão beneficiados com uma "adequação"(reajuste diferenciado) à realidade que não é a de Minas Gerais. Para citar como exemplo, lembro a todos vocês da defesa feita por alguns de nossos representantes de classe da carreira jurídica para os oficiais da Polícia Militar. Foram com tanta sede ao pote, que se esqueceram, inclusive, do Corpo de Bombeiros e nós, da base, tivemos em relação com a polícia civil um prejuízo extremo. Para ingressar na base da polícia civil, o interessado, por obrigatoriedade, precisa ter concluído o terceiro grau para prestação de concurso. Nós da Polícia Militar somente teremos a mesma regulamentação implementada em 5 (cinco) anos, período que pode ser prorrogado por mais 5 (cinco) anos.

     Verdade seja dita, ficamos à mercê da boa vontade do Comando da Corporação, que pode, se quiser, expedir um memorando ou resolução, regulando a necessidade do terceiro grau para prestação dos concursos da Polícia Militar.

     Em linhas gerais, hoje as entidades de classe da Polícia Civil, com o apoio da chefia da Polícia Civil, conforme documento apresentado por Denílson Martins, presidente do Sindipol, no programa Revista Geral de 26/02/2011, estão se mobilizando com indicativo de greve. Eles reivindicam a equiparação com os salários do Ministério Público para os Delegados de Polícia, levando os agentes e inspetores (com a garantia do terceiro grau) atrelados à equiparação.

     Nós da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, caso isso aconteça não teremos amparo na lei para acompanhá-los. É uma vergonha que tenhamos representantes da classe dos praças que tenham defendido essa violação dos nossos direitos. Mais uma vez alerto a todos os praças policiais e bombeiros militares para ficarem atentos às falas e considerações sobre o subsídio e nas mudanças que são propostas.

     Para tanto, compareçam em massa à assembleia do dia 13 de abril de 2011, às 14:00 horas, que será realizada no Clube dos Oficiais na rua Diabase, 200 – Bairro Prado e exijam o piso salarial de R$ 4.000,00 e digam não a qualquer subsídio direcionado aos oficiais.

Fonte:  Adm do Blog de amigos decaserna