Embora a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro tenha aprovado nesta quinta-feira (09/02) projeto de lei que prevê aumento de 38,81% para policias civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários cariocas, é sabido que o salário pago pelo governo fluminense à sua polícia é um dos mais baixos do País. Sofrem praças e oficiais.
Os oficiais, entretanto, trabalham nos bastidores. Fontes ouvidas pelo Blog do Elimar Côrtes garantem que foi a pressão feita por oficiais de alta patente da PM e do Corpo de Bombeiros do Rio que levou o governador Sérgio Cabral (PMDB) a mandar prender, ainda na noite de quarta-feira, o cabo Benevenuto Daciolo, um dos líderes dos militares estaduais do Rio.
Daciolo foi preso ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim. A prisão preventiva de Daciolo foi pedida pelo governador Sérgio Cabral, após conversas do militar, gravadas pela polícia baiana com autorização judicial, terem mostrado acertos para a paralisação se estender a outros estados, como Rio e São Paulo.
Segundo fontes ouvidas pelo Blog, oficiais mais próximos a Cabral teriam orientado o governador a mandar prender Daciolo, sob o argumento de que o cabo teria cometido crime. E, com Daciolo na prisão, o movimento grevista no Rio se enfraqueceria.
Sérgio Cabral, porém, pode ter sido enganado ou induzido a um erro de estratégia. Militares gostam de adorar mártires. Preso, o cabo Daciolo acaba se tornando um mártir e, mesmo de dentro da cadeia, tem condições de orientar seus pares a decidir por uma paralisação ou não no Rio e até em outros estados da federação. Este pode ter sido o erro de estratégia de Sérgio Cabral.
Outro foi ter se deixar levar por um grupo de oficiais, que também estão ávidos por melhores salários. E os oficiais sabem que somente a pressão dos praças poderá levar o governo do Rio a conceder reajuste reivindicado pela categoria.
Ainda há pouco, o juiz Paulo César Vieira de Carvalho Filho negou, no plantão Judiciário da Comarca do Rio, os pedidos de habeas corpus e de transferência para unidade prisional militar de Benevenuto Daciolo.
Segundo a alegação do juiz, a prisão é cautelar e quando o Inquérito Policial Militar for instaurado, Daciolo terá direito a defesa e ao contraditório. O cabo está preso em uma prisão de segurança de Bangu 1.
Quanto à transferência para o Batalhão Prisional do Corpo de Bombeiros, que também foi negado, o juiz sustentou: “Também não merece acolhimento o pleito, posto que inexiste qualquer dado objetivo indicativo de qualquer situação de risco ao paciente”.
Em uma das gravações que levaram Daciolo à prisão, o cabo conversa com uma pessoa que ele identifica de “importantíssima” no diálogo, sem citar o nome. Na manhã desta quinta-feira, surgiram informações de que esta pessoa seria o deputado federal Anthony Garotinho, ex-governador do Rio e que agora, por fazer oposição a Sérgio Cabral, defende a greve dos policiais militares e civis cariocas.
Aumento aprovado pelos deputados
A Assembleia Legislativa do Rio aprovou o projeto de lei que prevê aumento de 38,81% para policias civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários cariocas. A votação durou 15 minutos e terminou com 60 votos a favor contra um - o único a votar contra foi o deputado Paulo Ramos (PDT).
O texto do governo, que recebeu 78 emendas dos parlamentares e foi retirado de pauta na última terça-feira, prevê o pagamento do aumento cumulativo em três parcelas.
Os oficiais, entretanto, trabalham nos bastidores. Fontes ouvidas pelo Blog do Elimar Côrtes garantem que foi a pressão feita por oficiais de alta patente da PM e do Corpo de Bombeiros do Rio que levou o governador Sérgio Cabral (PMDB) a mandar prender, ainda na noite de quarta-feira, o cabo Benevenuto Daciolo, um dos líderes dos militares estaduais do Rio.
Daciolo foi preso ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim. A prisão preventiva de Daciolo foi pedida pelo governador Sérgio Cabral, após conversas do militar, gravadas pela polícia baiana com autorização judicial, terem mostrado acertos para a paralisação se estender a outros estados, como Rio e São Paulo.
Segundo fontes ouvidas pelo Blog, oficiais mais próximos a Cabral teriam orientado o governador a mandar prender Daciolo, sob o argumento de que o cabo teria cometido crime. E, com Daciolo na prisão, o movimento grevista no Rio se enfraqueceria.
Sérgio Cabral, porém, pode ter sido enganado ou induzido a um erro de estratégia. Militares gostam de adorar mártires. Preso, o cabo Daciolo acaba se tornando um mártir e, mesmo de dentro da cadeia, tem condições de orientar seus pares a decidir por uma paralisação ou não no Rio e até em outros estados da federação. Este pode ter sido o erro de estratégia de Sérgio Cabral.
Outro foi ter se deixar levar por um grupo de oficiais, que também estão ávidos por melhores salários. E os oficiais sabem que somente a pressão dos praças poderá levar o governo do Rio a conceder reajuste reivindicado pela categoria.
Ainda há pouco, o juiz Paulo César Vieira de Carvalho Filho negou, no plantão Judiciário da Comarca do Rio, os pedidos de habeas corpus e de transferência para unidade prisional militar de Benevenuto Daciolo.
Segundo a alegação do juiz, a prisão é cautelar e quando o Inquérito Policial Militar for instaurado, Daciolo terá direito a defesa e ao contraditório. O cabo está preso em uma prisão de segurança de Bangu 1.
Quanto à transferência para o Batalhão Prisional do Corpo de Bombeiros, que também foi negado, o juiz sustentou: “Também não merece acolhimento o pleito, posto que inexiste qualquer dado objetivo indicativo de qualquer situação de risco ao paciente”.
Em uma das gravações que levaram Daciolo à prisão, o cabo conversa com uma pessoa que ele identifica de “importantíssima” no diálogo, sem citar o nome. Na manhã desta quinta-feira, surgiram informações de que esta pessoa seria o deputado federal Anthony Garotinho, ex-governador do Rio e que agora, por fazer oposição a Sérgio Cabral, defende a greve dos policiais militares e civis cariocas.
Aumento aprovado pelos deputados
A Assembleia Legislativa do Rio aprovou o projeto de lei que prevê aumento de 38,81% para policias civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários cariocas. A votação durou 15 minutos e terminou com 60 votos a favor contra um - o único a votar contra foi o deputado Paulo Ramos (PDT).
O texto do governo, que recebeu 78 emendas dos parlamentares e foi retirado de pauta na última terça-feira, prevê o pagamento do aumento cumulativo em três parcelas.