O Rio de Janeiro vive a maior crise na área da segurança pública de sua história, uma situação que pode trazer sérios transtornos para toda população fluminense diante da possibilidade de eclosão de uma greve geral em toda área da segurança pública estadual.
A mobilização avança em todos os quartéis e delegacias e o governo dá evidentes sinais de que não sabe o que fazer. Diante da incapacidade de encontrar soluções, os principais personagens começam a entrar na área do atrito, desgastes que podem vazar a qualquer momento para o conhecimento de todos e de todas.
Os leitores do nosso blog sabem que essa é uma crise anunciada, uma situação construída ao longo de cinco anos pela péssima gestão na área da segurança pública, que provocou a nomeação de nada mais, nada menos, que quatro Comandantes Gerais da PMERJ, dois do CBMERJ e três Chefes da PCERJ, isso em menos de cinco anos. Enquanto, as cadeiras mudavam de dono no andar de baixo, Beltrame ficava no topo, blindado pela mídia.
A situação foi se agravando, a questão salarial foi sendo empurrada com a barriga, tendo como tática o fornecimento das malditas gratificações, uma forma encontrada para dividir a tropa e impedir uma grande mobilização. Infelizmente, para o governo Sérgio Cabral (2007), a luta salarial iniciada em 2007 (40 da Evaristo + Coronéis Barbonos) nunca parou. Meia dúzia de abnegados continuaram indo para as ruas cobrando melhores salários e lutando pela PEC 300 (PEC 446). Uma luta que tem como símbolo maior o nosso amado Capitão PM Sardinha, que será sepultado nessa quinta-feira, às 11:00 horas , no cemitério do Murundu, no bairro de Realengo.
O caos é completo.
O dia marcado para a paralisação se aproxima rapidamente, o dia 10 FEV 2012. Uma greve que ninguém quer, mas que surge como única solução para salvar os profissionais de segurança pública e seus familiares, a arma derradeira contra os salários miseráveis que Sérgio Cabral (PMDB) insiste em pagar. Caso a greve se efetive, as consequências serão imprevisíveis, podendo afetar não só o Carnaval 2012, como a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016. O prejuízo financeiro é impossível de ser estimado, isso além dos problemas que afetarão diretamente a população do Rio, diante da falta que farão os PMs, os PCs e os PMs nas ruas.
O mito do fantástico secretário de segurança está se desfazendo no ar, tendo como principais atores os jovens PMs que trabalham nas famosas UPPs, eles que sempre sofreram com uma série de descasos, todos denunciados no nosso blog e ao Minsitério Público. Uma greve nas UPPs ecoará no mundo inteiro, assim como ecoaram as notícias que transformaram um projeto eleitoreiro em uma solução para a segurança pública.
O governo Sérgio Cabral (PMDB) mostra a sua face que o funcionalismo público conhece muito bem: a incompetência na gestão da coisa pública.
O barco de Cabral navega à deriva como as barcas da travessia Rio-Niterói.
O trem de Cabral está quebrado em uma estação da Zona Oeste.
O metrô de Cabral é super lotado e sem ar condicionado.
A saúde pública de Cabral morre em uma maca jogada no corredor de um hospital público.
A educação pública de Cabral é a penúltima do Brasil.
E, a segurança pública de Cabral é uma grande merda, uma merda perfumada por parte da imprensa, mas uma grande merda.
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Juntos Somos Fortes!
Paulo Ricardo Paúl
Professor e Coronel
Ex-Corregedor Interno
Professor e Coronel
Ex-Corregedor Interno
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