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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
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terça-feira, 27 de março de 2012

Novo secretário e novas estratégias em um modelo institucional de organização policial falido e desintegrado


Ernesto Braga - Do Hoje em Dia


A mudança no comando da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), com o procurador de Justiça Rômulo Ferraz substituindo o deputado Lafayette Andrada, é parte das ações do governo para reverter a crise instaurada na segurança pública de Minas Gerais. Uma onda de violência, comprovada por estatísticas crescentes da criminalidade em 2011, na comparação com o ano anterior, desafia as forças policiais e assusta a população. O novo secretário tomou posse na última segunda-feira e sexta-feira foi anunciada a troca da chefia da Polícia Civil. Na dança das cadeiras entre delegados, Jairo Léllis será substituído por Cylton Brandão da Matta, que ocupava o posto de corregedor.


A nova cúpula da Defesa Social terá muito trabalho pela frente. Nos últimos dias, uma série de assaltos a joalherias e caixas eletrônicos, sobretudo na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), mobilizou a polícia, que não descarta o envolvimento de bandidos de Estados vizinhos. Outra meta será reduzir os índices de crimes violentos, que incluem homicídios e tentativas, latrocínios (matar para roubar), estupros e roubos. Após cinco anos em queda, os números voltaram a crescer em 2011. Foram registrados 277,78 casos por grupo de 100 mil mineiros, contra 250,52 em 2010. Na RMBH, o aumento foi de 14,5% e na capital, de 11,4%.


Na comparação das estatísticas de assassinatos, a elevação foi de 16,33% em Minas (de 3.201 óbitos, em 2010, para 3.754, em 2011) e de 21,9% em BH (de 641 para 782). Em apenas sete dos 29 municípios mineiros com mais de 100 mil habitantes houve redução das mortes. As ocorrências policiais relacionadas ao tráfico de drogas também aumentaram, passando de 43.641 para 51.192.
 
Busca por novas estratégias


“O que me preocupa não é a alta da criminalidade, mas os equívocos do governo ao enfrentá-la. A proposta do ex-secretário era conter o tráfico de drogas em aeroportos e nas fronteiras do Estado. Isso vai contra tudo o que já foi feito e estava dando certo, como o programa de redução de homicídios Fica Vivo!”, avalia Luís Felipe Zilli, doutor em sociologia e pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da UFMG.


Rômulo Ferraz já anunciou que aumentará o investimento no Fica Vivo!, que perdeu 40% dos recursos em 2011. O corte foi reflexo da diminuição da verba destinada à Seds. “O investimento médio de R$ 150 milhões/ano caiu para menos de R$ 50 milhões/ano, nos últimos dois anos”, afirmou o sociólogo Luís Flávio Sapori, coordenador do Centro de Estudos e Pesquisa em Segurança Pública da PUC Minas e ex-subsecretário de Estado de Defesa Social, em entrevista ao Hoje em Dia em 5 de março.


Outros desafios serão ampliar os recursos humanos e materiais das polícias Civil e Militar, promover a integração das duas corporações e reduzir o déficit de vagas no sistema prisional, que hoje é de 17.280 acomodações.
 

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