Os agentes da Polícia Civil gaúcha iniciaram às 8h30 da última quarta-feira (21) uma paralisação que deve durar dois dias, se encerrando às 18h de quinta-feira (22). A mobilização atinge todas as delegacias de Porto Alegre, Região Metropolitana e das 29 regiões policiais do interior do Estado. No Litoral Norte do RS, todas as delegacias também aderiram à greve, num manifesto buscando um salário digno e melhores condições para exercerem o importante serviço à comunidade.
No período de paralisação serão mantidos apenas os atendimentos de casos de risco contra a vida, tais como homicídio, latrocínio, estupro, lesão corporal grave e sequestro. Em assembleia geral do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores do Rio Grande do Sul (Ugeirm), realizada na semana passada, a categoria decidiu insistir na negociação com o governo do Estado, que apresentou proposta rejeitada pela unanimidade dos mais de dois mil policiais presentes.
De acordo com um policial civil lotado no Litoral Norte, que não quis se identificar, as más condições de trabalho são tantas, que até mesmo munição lhes falta. “Arriscamos a nossa vida diariamente para receber um salário ridículo. Nos faltam munição, armas, efetivo, viaturas, gasolina e até mesmo impressora. Trabalhamos porque gostamos, pois pouco ganhamos em troca” relata. Ainda conforme o policial com 12 anos de serviço, há também uma preocupação com a constante condução de presos, uma vez que as viaturas não possuem estrutura adequada, como grades, o que pode possibilitar um ataque dos bandidos.
Fonte: A Folha do Litoral
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