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sábado, 16 de março de 2013

Brasil melhora IDH, mas estaciona na 85ª posição



O Brasil melhorou o seu desempenho no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) de 2012, mas manteve a 85ª posição no ranking. Segundo o relatório A Ascensão do Sul: Progresso Humano em um Mundo Diverso (em tradução do inglês), divulgado nesta quinta-feira 13, o Brasil registrou um índice de 0,730, ante os 0,728 do período anterior. Quanto mais próxima do 1, melhor a nota.

A reportagem é da revista Carta Capital, 14-03-2013.

A Noruega se manteve no topo da lista com 0,955, seguida por Austrália (0,938), Estados Unidos (0,937), Holanda (0,921) e Alemanha (0,920). Entre os 186 países analisados, o Brasil aparece no grupo daqueles com IDH elevado, abaixo dos com índice muito elevado. Há ainda dois outros níveis, com os países classificados como de IDH médio e baixo.

O estudo do Pnud, que mede os avanços nacionais em saúde, educação e renda, indica que o mundo está menos desigual devido aos avanços significativos na maioria dos países do Hemisfério Sul nos últimos 20 anos, principalmente em locais de nível médio e baixo de IDH.

Neste quadro, o relatório procura analisar mais de 40 países em desenvolvimento que alcançaram rápidos ganhos em IDH nos últimos anos ao investirem em educação, saúde, serviços sociais e comprometimento estratégico com a economia global. Segundo o estudo, 14 países registraram ganhos de mais de 2% anualmente no IDH desde 2000, entre eles o Afeganistão, Serra Leoa, Angola, Níger e República Democrática do Congo.

Na lanterna do ranking, está o Níger (0,304), afetado por uma intensa seca. Em penúltimo lugar aparece a República Democrática do Congo (0,304), em conflito interno. Ainda assim, esses países tiveram melhoras em seus resultados na comparação com 2011.

O país com a melhor classificação na América do Sul é o Chile (0,819) na 40ª posição, o único do continente no grupo das nações com nível de desenvolvimento humano muito elevado. O Brasil também está bem atrás da Argentina(0,811), em 45º lugar, do Uruguai (0,792), em 51º, da Venezuela (0,748), em 71º, e do Peru (0,741), em 77º.

Desigualdades internas fazem vários países perderem pontos

Pnud também calculou um ranking com o IDH ajustado pelas desigualdades internas em saúde, educação e renda. Os números mostram que a desigualdade entre os países pode estar caindo, mas dentro deles cresce em diversos lugares.

Levando em contas estes fatores, alguns dos países mais ricos do mundo caem diversas posições. Noruega e Austrália perdem pontos, mas se mantém em 1º e 2º lugares, respectivamente. Já os Estados Unidos despenca do 3º lugar para o 16º, porque, embora tenha um IDH geral de 0,937, a comunidade latina tem um nível de 0,750 e os negros, 0,700. Outros que caem na lista são o Canadá (de 11º para 15º), Coreia do Sul (de 12º para 28º) e Israel (de 16º para 24º).

O Brasil perde 12 posições com os critérios do IDH ajustado, deixando a 85º para 97º. Com isso, o país perde o status de desenvolvimento humano elevado e passa para médio. Entre os países que sobem neste ranking estão a Suécia, que vai do 7º para o 4º lugar, a Islândia (de 13º para 10º) e a Dinamarca (de 15º para 12º).

Com o IDH ajustado pela desigualdade em 132 países em 2012, 23% do IDH é perdido pela desigualdade. Entre 1990 e 2005, esse mesmo índice para 66 países mostra que a desigualdade geral caiu apenas de forma marginal, porque a diminuição da desigualdade em saúde e educação foi superada pelo aumento da desigualdade de renda. A América Latina, em contraste com o restante do mundo, tem visto a desigualdade de renda cair desde 2000. Mas ainda tem a mais desigual distribuição do mundo.

Desigualdade de gênero 

Segundo o Pnud, a Holanda tomou a ponta da Suécia como o país com a menor desigualdade de gênero, com um índice de 0,045. O estudo considera dados oficiais sobre saúde reprodutiva, poder das mulheres e participação no mercado de trabalho. Quanto mais próximo de zero, melhor. Logo atrás da Holanda vêm a Suécia (0,055) e a Suíça (0,057).

O Brasil aparece na 85ª posição, com 0,447. Um nível quase dez vezes maior que o do primeiro colocado na lista. A situação brasileira, porém, é intermediária entre os 148 países com dados disponíveis sobre o tema. As regiões com maior desigualdade são a África Subsaariana, Sul da Ásia e os Estados árabes. Nas últimas posições estão Iêmen (0,747), em 148º, o Afeganistão (0,712), em 147º, a Índia (0,610), em 132º, e o Egito (0,590), em 126º.

Extrema pobreza

O estudo também apontou que a primeira meta do Milênio da ONU, a redução pela metade da proporção de pessoas vivendo com menos de 1,25 dólares por dia relativa, foi atingida três anos antes do esperado. Algo que ocorreu em função, principalmente, do sucesso de países populosos em erradicar a pobreza extrema. “Brasil, China e Índia diminuíram dramaticamente a proporção de seus cidadãos pobres. O Brasil foi de 17,2% da população em 1990 para 6,1% em 2009; a China de 60,2% para 13,1% em 2008; a Índia de 49,4% para 32,7% em 2010”, destaca o texto.

O resultado, no entanto, é ofuscado pelo número de pessoas vivendo em pobreza multidimensional: cerca de 1,56 bilhão de pessoas, mais de 30% da população dos 104 países analisados para este índice. Um valor maior que as cerca de 1,14 bilhão de pessoas vivendo com menos de 1,25 dólares por dia, embora abaixo da proporção daqueles que têm menos de 2 dólares por dia.

A pobreza multidimensional é calculada por meio de fatores a nível familiar, como alfabetização adulta, matriculas escolares infantis, mortalidade infantil, acesso à agua limpa, eletricidade e saneamento básico, assim como bens familiares básicos e construção de casa, que juntos fornecem um retrato mais amplo da pobreza que as medidas por renda.

Os países com maior índice estão todos na África: Etiópia (87%), Libéria (84%) e Moçambique (79%) são os que mais têm pobres multidimensionais. Ainda assim, o maior número absoluto de pobres multidimensionais está no sul da Ásia, sendo 612 milhões deles indianos.

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