Defesa, Justiça e GSI aprovam plano estratégico de segurança e defesa para Copa do Mundo 2014
O planejamento estratégico de
segurança pública e defesa para a Copa do Mundo Fifa 2014 foi aprovado
hoje (4), durante reunião na sede do Comando Militar do Leste (CML), no
Rio. O documento contempla as regras que nortearão as competições
esportivas, como, por exemplo, defesa cibernética e combate ao
terrorismo para a Copa das Confederações, que ocorre em junho de 2013, e
a Copa do Mundo, que acontecerá no próximo ano.
A partir de agora, os grandes eventos
passam a contar com diretrizes específicas que têm como foco principal a
integração entre os diversos ministérios e setores dos governos
federal, estaduais e municipais. O plano foi assinado pelos ministros da
Defesa, Celso Amorim; da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o
secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da
Presidência da República, general Roberto Sebastião Peternelli Junior.
“Estamos trabalhando para que esses
eventos transcorram sem qualquer incidente. Estamos nos preparando para
isso. E a integração será um dos principais fatores”, avaliou o ministro
Amorim.
Copa das Confederações e do Mundo
Com o objetivo de avaliar o trabalho
do governo para as competições esportivas promovidas pela Fifa, o
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) trouxe para o Rio de
Janeiro os oficiais que estão encarregados pelas Coordenações de Defesa
de Área (CDAs) das 12 cidades-sede onde acontecerão as duas competições
da Fifa.
Coube ao secretário executivo do
Ministério do Esporte, Luiz Fernandes, a abertura da reunião. Ele expôs o
calendário de ações patrocinadas pelo governo federal no sentido de
assegurar a infraestrutura das copas. Segundo Fernandes, a partir da
próxima semana, começa uma série de reuniões nas cidades que sediarão a
Copa das Confederações.
Fernandes contou também que os
ingressos para as partidas de futebol tiveram grande procura e que dos
800 mil bilhetes colocados à venda a expectativa é de vender entre 76% a
99%. Desse público, o governo espera que entre 22% e 36% sejam turistas
brasileiros e apenas entre 3% a 7% estrangeiros. A grande maioria será
de torcedores que moram nas cidades onde ocorrerão as partidas.
Em seguida, o diretor da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Tezza, fez exposição sobre o
serviço de inteligência. De acordo com ele, os setores de segurança
envolvidos nos eventos devem produzir informações de 200 mil nomes de
pessoas que estarão participando direta ou indiretamente das
competições, sendo a maior parcela 98 mil voluntários que se cadastraram
junto à comissão organizadora.
Tezza explicou que para a realização,
a Abin contará com reforço de 180 novos servidores dentro dos próximos
meses. Segundo o diretor, a principal característica será a integração
entre os serviços de segurança que permitirá identificar, por exemplo,
alvo que possa colocar em risco as duas competições.
O comandante da Brigada de Operações
Especiais (BOE), general Marco Antonio Freire Gomes, fez um relato sobre
o planejamento de contraterrorismo e antiterrorismo. De acordo com o
general, o setor será responsável pelo monitoramento e por ações contra
terroristas que por ventura venham a ocorrer no âmbito das competições.
Por questões de segurança, o general Freire Gomes solicitou que o
detalhamento do plano fosse mantido em sigilo pelos participantes do
encontro.
A reunião sobre segurança pública e
defesa prossegue amanhã (5) com a discussão do planejamento operacional
dos seis Coordenadores de Defesa de Área (CDAs) de Brasília (DF), Rio de
Janeiro (RJ), Salvador (BA), Natal (RN), Fortaleza (CE) e Recife (PE).
À tarde, os militares tratam das
medidas de apoio da Marinha, do Exército e da Força Aérea aos CDAs. A
reunião será concluída com as considerações do chefe do EMCFA, general
José Carlos De Nardi, que antecipou que o principal motivo do encontro é
saber dos coordenadores como as cidades-sede estão se preparando para
receber os jogos de futebol.
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